Um robô com asas empregando os mesmos princípios evolucionários empregados na natureza conseguiu aprender a voar numa questão de horas, apesar de não ter levantado vôo, refere a última edição da revista New Scientist. A máquina foi construída por Krister Wolff e Peter Nodin da Universidade de Tecnologia de Chalmers, localizada na cidade sueca de Gotenburgo.



Com este projecto, os dois investigadores pretendiam averiguar se um robô podia aprender a voar por si próprio sem quaisquer dados pré-programados sobre o que é bater as asas ou como fazê-lo. O robô tinha asas com a extensão de um metro feitas de madeira de balsa e cobertas com uma membrana leve de plástico. Para além disso, foram-lhe integrados pequenos motores que lhe permitiam mover as asas para a frente e para trás, para cima ou para baixo ou torcê-las numa das direcções.



A equipa ligou o robô a duas hastes verticais, de forma a que pudesse deslizar para cima e para baixo. No início do teste, o robô foi suspendido por uma faixa elástica. Um detector de movimentos mediu o nível de elevação que o robô produzia para cada dado movimento. Um programa informático fornecia ao robô instruções aleatórias ao ritmo de 20 por segundo, para testar a sua capacidade para bater as asas. Cada instrução indicava à máquina para não fazer nada ou para mover ligeiramente as asas em várias direcções.



As informações registadas pelo detector de movimentos permitiam que o programa descobrisse quais eram os melhores conjuntos de instruções para produção da elevação. Inicialmente o robô apenas se contorcia e movimenta aos sacões, erraticamente. Mas, gradualmente, foi efectuando movimentos que ganhavam altura. Passadas três horas, o robô tinha encontrado a melhor forma de elevar-se, mas estava muito longe de levantar vôo.


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