Numa altura em que os dispositivos móveis e as plataformas online se multiplicam de forma quase virulenta e desenfreada, criar e recordar palavras-passe e nomes de utilizador diferentes para cada serviço que se utiliza é considerada – e justificadamente, deve acrescentar-se – uma tarefa psicologicamente exaustiva.

Por isso, muitos utilizadores usam as mesmas credenciais de acesso – ou variações muito ténues – em todas as redes sociais, serviços de email e outras plataformas digitais em que estejam registados.

Mas isso faz emergir um vasto rol de preocupações de segurança, principalmente quando estas credenciais são também utilizadas em sistemas e contas do âmbito profissional.

Um estudo recente da holandesa Gemalto aponta que 90% dos profissionais de TI das empresas receiam que estas práticas possam comprometer a segurança das redes informáticas das organizações e torná-las vulneráveis a ataques.

Contudo, 68% destes profissionais sentem-se, ao mesmo tempo, confortáveis com a partilha de dados de acesso entre as esferas pessoal e profissional.

A fusão destes dois mundos é cada vez maior e há que adaptar os mecanismos de autenticação nos recursos das empresas à realidade que os funcionários experienciam nos contextos pessoais.

Mais de metade (52%) dos abrangidos pelo estudo da Gemalto acreditam que, ao longo dos próximos três anos, se vai observar a replicação dos métodos de autenticação utilizados nos produtos de consumo, como análise da retina ou da impressão digital, nos produtos e serviços utilizados nas empresas.

Os dados apontam para que 64% de todos os casos de roubo de dados aconteçam através de credenciais furtadas aos utilizadores. Se as mesmas credenciais forem usadas para todos serviços, a probabilidade de ocorrerem quebras de segurança dos sistemas informáticos das empresas aumenta consideravelmente.

Perto de 50% dos profissionais de TI afirmam que estão em processo de aplicação de ferramentas mais robustas de autenticação e acesso a dados nos sistemas corporativos.