Depois de dois trimestres de crescimento positivo, as vendas mundiais de computadores terão caído 1,4% nos três últimos meses de 2011, segundo a Gartner, principalmente devido ao abrandamento da procura nos mercados europeu e norte-americano.

De acordo com os resultados preliminares da consultora, ao longo do quarto trimestre terão "abandonado" as fábricas 92,2 milhões de computadores, que contribuíram para perfazer um total expedido de 352,8 milhões de unidades durante 2011. Os resultados para o ano inteiro mostram uma subida de apenas 0,5% face a 2010.

Na região EMEA terão sido vendidas 29,8 milhões de unidades, numa queda de 9,6% comparativamente a igual período de 2010. Nos Estados Unidos, a descida foi de 5,9%, com a observação de que os consumidores estão a dar preferência aos tablets e aos smartphones.

A HP mantém a liderança, apesar de ter registado uma quebra de 16,2% no número de unidades expedidas. Além dos preços agressivos da concorrência e da diminuição das vendas no Natal, a Gartner considera que os resultados da empresa foram prejudicados pela confusão gerada em redor do negócio de PCs.

Na vice-liderança, a Lenovo destaca-se por ter conseguido o maior crescimento entre as cinco maiores fabricantes (23%). A empresa mantém atualmente uma quota de mercado de 14%, apenas dois pontos percentuais abaixo da HP (16%).

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O trimestre também não foi mau para a Dell, na terceira posição do ranking, que registou crescimentos na maior parte das regiões, principalmente no número de máquinas destinadas ao mercado profissional.

Para a Acer, em quarto lugar, as notícias não foram tão boas, já que a fabricante registou uma quebra de 18,4 por cento nos computadores expedidos. A Asus manteve a quinta posição do ranking com 6,243, 118 máquinas enviadas para as lojas - mais 20,5% do que o registado no quarto trimestre de 2010.

A Gartner prevê que o impacto das cheias de outubro na Tailândia sobre a produção de discos rígidos, residual no último trimestre de 2011, se faça sentir com maior intensidade em 2012, principalmente na primeira metade.

A consultora tinha, muito recentemente, revisto em baixa o investimento geral em Tecnologias da Informação e Comunicação para este ano, apontando o impacto das cheias, o clima económico e a crise na zona euro como as principais razões.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Patrícia Calé