Convenhamos: para a maioria das pessoas, vai ser difícil viajar - fisicamente, pelo menos - até ao espaço durante o seu tempo útil de vida. A indústria quer comercializar-se, abrindo espaço às entidades privadas, que têm planos para fazer do cosmos o próximo destino turístico das massas, mas há vários entraves ao sucesso desta ideia num futuro breve.
O valor da viagem é uma das primeiras justificações. É que se quiser ver a Terra do tamanho de um botão, terá de desembolsar dezenas de milhares de euros. Depois põe-se a preparação física, o calendário da agência e uma data de outros obstáculos que terão de ser agilizados antes de pensarmos sequer em ir de férias para um resort marciano. No entanto, é para preencher esse vazio que serve a realidade virtual, os vídeos em 360 graus, o YouTube e os conteúdos que se criam com base nas medições e simulações da NASA.
Num novo e imersivo vídeo de 360 graus, publicado no canal do Chandra Observatory, é possível viajar até ao centro da Via Láctea e observar as forças que ali imperam, da perspetiva do buraco negro Sagittarius A.
O vídeo, que pode ser visto online, foi criado com base em dados recolhidos pelo observatório. O resultado é um fluxo incessante de cores, sem paralelo no nível terrestre.
Os tons mais azulados representam raios-X emitidos por gases que flutuam pelo espaço com uma temperatura superior a dezenas de milhões de graus; os tons avermelhados são raios ultravioleta emitidos por gases menos quantes, mas que ainda assim flutuam a temperaturas na ordem das dezenas de milhar. Os amarelos são gases mais frios, mas mais densos.
O observatório Chandra é um telescópio espacial que regista atividade de raios-X no espaço. O aparelho foi lançado em 1999.
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