O Windows 11, lançado em 2021, ultrapassou, pela primeira vez, a versão anterior do sistema operativo Windows 10, revelam os mais recentes dados mensais do Steam. O Windows 10 continua com perto de metade dos utilizadores, não obstante a Microsoft ter planos para encerrar o suporte ao sistema operativo em outubro de 2025.

Todos os meses, o Steam faz um inquérito aos clientes para saber que hardware e software usam. A participação é opcional e anónima e os dados permitem à empresa tomar decisões sobre os próximos investimentos tecnológicos e produtos a disponibilizar. Os dados do Steam dão a entender que “há sinais de que a adoção do Windows 11 está, finalmente, a caminhar na direção certa para a Microsoft”, conclui o The Verge.

Os dados de agosto do inquérito do Steam revelam que o Windows 11 foi utilizado por 50,8% dos jogadores que utilizam PC com Windows, um aumento de 3,4 pontos percentuais relativamente aos números de julho. Por seu lado, em sentido inverso, o Windows 10 caiu para 48,7%, uma queda de 3,3 pontos percentuais relativamente ao mês anterior. Outros sistemas operativos mantiveram o seu peso durante o mês passado.

Outro estudo, da StatCounter, revela que a utilização do Windows 11 tem crescido gradualmente quanto à utilização do SO na Internet. Em julho de 2023, o Windows 11 tinha uma quota de mercado de cerca de 23%, que cresceu para quase 32% em agosto de 2024.

Em outubro de 2023, dois anos depois do lançamento, o Windows 11 era, alegadamente, utilizado em mais de 400 milhões de equipamentos, de acordo com informação não oficial da Microsoft divulgada nessa altura. Estes números representam uma adoção mais lenta do que do Windows 10, que em apenas cinco meses atingiu os 200 milhões de utilizadores e que chegou aos 400 milhões em apenas um ano.

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O millestone chegou mais tarde do que o habitual, uma vez que o Windows 11 já está no mercado há quase três anos e que os jogadores de PC estão entre os que mantém o hardware mais utilizado quando comparado com o restante mercado, lê-se na Forbes. O The Verge explica que a discrepância de evolução se prende, em parte, com a elegibilidade dos equipamentos para atualização para o Windows 11.

A Microsoft lançou o Windows 11 em outubro de 2021 com requisitos de hardware rigorosos, que exigem um chip de segurança TPM e CPU lançadas a partir de 2018. Na prática, embora o Windows 11 seja uma atualização gratuita para os utilizadores do Windows 10, milhões de máquinas não permitiram a atualização, devido aos requisitos de hardware da Microsoft. Por seu lado, em 2015, quando foi lançado, o Windows 10 foi oferecido como uma atualização gratuita aos utilizadores do Windows 7 e do Windows 8 sem restrições rigorosas em termos de hardware o que permitiu a milhões de utilizadores atualizar os equipamentos sem ter de comprar novos.

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Em abril deste ano, a Microsoft decidiu alargar o suporte do Windows 10 até 14 de outubro de 2028, mas apenas inclui as atualizações de segurança e correções críticas (Extended Security Update, ou ESU), sem qualquer apoio técnico além desses patches. Os ESU não são uma uma sollução de longo prazo e são pagos.

Quanto aos preços, a Microsoft revelou o valor a pagar pelo ESU no âmbito do programa especial de ensino: um dólar no primeiro ano (2026), seguindo-se um aumento para dois dólares no seguinte e no terceiro ano os estudantes terão de pagar quatro dólares. A empresa diz que esta oferta é válida para todos os clientes de educação, incluindo secundário e ensino superior.

Para as empresas, o valor é bem superior. Existem três opções para prolongar as atualizações de segurança: o método de ativação de chaves 5-por-5, a ativação baseada em cloud e uma subscrição incluída no Windows 365.

método de ativação de chaves 5-por-5 terá um custo de 61 dólares por equipamento no primeiro ano. Uma vez que a Microsoft refere que o preço duplicará todos os anos consecutivos, até um máximo de três anos, os custos deverão ser de 122 dólares para o segundo ano e 244 dólares para o terceiro ano. “Se decidir entrar no programa no segundo ano, terá de pagar também o primeiro ano, uma vez que as ESU são cumulativas”, explica a Microsoft.

Quanto à ativação baseada em cloud, cada licença tem um desconto de ~25% e custará 45 dólares por utilizador (até cinco dispositivos) no primeiro ano, duplicando nos segundo e terceiro ano. A subscrição incluída no Windows 265, não tem custos adicionais com um ano de fidelização.

Os consumidores finais também poderão pagar, pela primeira vez, as atualizações de segurança adicionais, para o Windows 10, embora ainda não tenham sido divulgados os valores, acrescenta o The Verge.