A Microsoft continua a surfar a onda da Inteligência Artificial generativa e da sua parceria com a OpenAI, que nos últimos meses já se materializou em vários anúncios, como o chat do Bing semelhante ao ChatGPT e o Microsoft 365 Copilot, que têm o potencial de transformar a forma como pesquisamos informação e trabalhamos nas ferramentas do Office.

Hoje, na abertura da conferência Build, os anúncios de novos produtos e de integração com IA generativa multiplicaram-se, mostrando o potencial da chamada IA moderna e dos grandes modelos de linguagem para apoiar o desenvolvimento de tarefas complexas, mas também como ferramenta para programadores e developers de software. São mais de 50 produtos e funcionalidades, muitas delas ligadas ao conceito do Copilot, e Kevin Scott defende que dentro de poucos anos todo o software vai ter um assistente em copiloto, tal como hoje todas as aplicações estão ligadas à internet.

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A integração de um chat inteligente no Windows 11 e as novas ferramentas para o browser Edge são os anúncios mais relevantes para os utilizadores, mas os programadores e developers têm ainda mais novidades a processar com as ferramentas para que possam criar os seus próprios copilotos e plugins que permitem interagir com vários serviços.

A partir de Junho o Windows 11 vai passar a ter o seu próprio Copilot integrado , tornando-se a primeira plataforma de computador pessoal a ganhar um assistente com Inteligência Artificial, o que quer dizer que a interação comela logo na barra do sistema operativo, sem necessidade de abrir o browser ou qualquer outra aplicação.

O foco nos programadores foi também claro no primeiro dia do Build. A Microsoft anunciou o Dev Home, uma nova experiência para programadores que pode ser descarregada da Microsoft Store e que facilita a ligação ao GitHub e a configuração de ambientes de desenvolvimento em cloud, como Microsoft Dev Box e GitHub Codespaces.

Dev Home da Microsoft

“Podem olhar para o Chat do Bing e pensar que é uma coisa super mágica e complicada mas a Microsoft está a dar aos developers tudo o que precisam para começar a construir os seus próprios copilotos”, sublinha Kevin Scott. “Penso que nos próximos anos isto vai tornar-se uma expectativa na forma como o software funciona”.

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A OpenAI já tinha anunciado os seus plugins para ChatGPT em março, e a Microsoft também mostrou os plugins para Bing, que permite que a tecnologia interligue vários serviços, sendo possível pedir ao ChatGPT ou ao Bing Chat para marcarem uma mesa num restaurando através da OpenTable.

Agora a Microsoft garante a interoperabilidade com as várias plataformas de copiloto, o que permite desenvolver plugins para soluções empresariais e de consumo, incluindo o ChatGPT, Bing Chat, Dynamics 365 Copilot, Microsoft 365 Copilot e Windows Copilot, e isso pode criar um ecossistema de plugins.

Para simplificar o desenvolvimento dos copilotos há várias ferramentas, como o Azure AI Studio, onde podem tirar partido de modelos conversacionais de IA nos seus dados privados, ou o Azure OpenAI Service que retira informação de textos e imagens usando interfaces de linguagem natural.

“Temos tudo o que é preciso no Azure para fazer um copiloto […] e as coisas funcionam super bem juntas, então testar sua ideia e evoluir rapidamente é mais fácil no Azure do que de qualquer outra forma”, defende Kevin Scott.

Há ainda um novo espaço na loja do Windows, a Windows Store, para as soluções de Inteligência Artificial. O AI Hub agrega as melhores experiências criadas pelos developers e na zona de parceiros vai ser disponibilizada uma aplicação para gerar keywords que ajudam a dar mais visibilidade às apps.

AI Hub na Microsoft Store

Edge com integração do 365 e novidades de design, um look profissional e um workspace partilhável

Na conferência a Microsoft partilhou também as novidades do Edge e do Bing, com o browser a ganhar mais funcionalidades de Inteligência artificial que podem mudar a forma como navegamos online, e também partilhamos um espaço de trabalho.

A nova experiência chama-se Microsoft Edge for Business e materializa-se em controles de personalização e segurança que podem ser aplicados e que separam as tarefas profissionais das tarefas pessoais, garantindo a proteção de dados e um ambiente protegido. Depois de ativado o utilizador pode mudar rapidamente entre os dois mundos.

Para a partilha de espaços de trabalho a Microsoft apresentou o Edge Workspaces que vai chegar a todos os utilizadores nos próximos meses. Primeiro é preciso criar um espaço de trabalho para um projeto, abrir os links no browser e partilhar o workspace com as equipas para que todos trabalhem nos mesmos sites de ficheiros.

Quem quiser experimentar já pode juntar-se à preview pública.

Nota da Redação: A notícia foi atualizada com mais informação e imagens. Última atualização 20h58