Os novos mecanismos de segurança integrados no Windows 8 deverão funcionar como mais um incentivo para que os cibercriminosos se voltem para ataques a um nível mais "profundo", visando diretamente o firmware e hardware das máquinas, alerta a McAfee.

De acordo com o relatório de previsões para 2012 em matéria de ameaças informáticas, agora divulgado pela empresa de segurança, este "jogo de gato e rato" é normal entre os fabricantes e hackers e o próximo sistema operativo da Microsoft pode marcar o início de uma onda de ataques.

Esta tendência deverá ser acompanhada de um aumento dos ataques dirigidos a infraestruturas industriais, do hacktivismo e do número de ameaças dirigidas a dispositivos móveis, com especial destaque para os ataques que visem tirar partido do acesso à banca online através do telemóvel.

"Em 2011 assistimos aos mais elevados níveis de ataques dirigidos a dispositivos móveis da história", escrevem os especialistas, que preveem que as "competências" entretanto desenvolvidas venham a ser trabalhadas e dirigidas para os ataques à banca móvel.

"As técnicas anteriormente dedicadas à banca online, como o roubo de dinheiro das contas enquanto as vitimas estão autenticadas ou fazendo com que as transações pareçam ser provenientes de um utilizador legítimo, serão agora dirigidas aos utilizadores do mobile banking", detalha a empresa.

Às ameaças referidas há que juntar um crescente interesse dos cibercriminosos pelos sistemas de pagamento com moeda virtual e o recurso a falsos certificados para fazer o malware passar despercebido, como já aconteceu com os populares worms Stuxnet e Duqu.

"Muitas das ameaças que se destacarão em 2012 já se começaram a revelar em 2011", afirma o vice presidente da McAfee Labs, Vincent Weafer. Os ataques dirigidos a infraestruturas críticas, como os sistemas que gerem o abastecimento de eletricidade, água ou gás, e o impacto daquilo a que nos habituámos a chamar "hacktivismo" - ou ativismo político levado a cabo por via de ataques informáticos - são alguns dos exemplos mencionados.

A generalização daquilo a que chamam "spam legal" - ou seja, o recurso por parte de anunciantes legítimos a esquemas normalmente usados por spammers, como a compra de listas de endereços de destinatários das mensagens para envio massivo de publicidade- e os ataques a sistemas embebidos são mais dois exemplos de áreas onde é esperada "atividade" este ano.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Joana M. Fernandes