Durante um painel subordinado ao tema “Estratégia Digital” foi a debate o tecido empresarial português a capacidade de adaptação ds organizações à evolução tecnológica.

Luís Pedro Duarte, managing director da Accenture Strategy, destacou o papel transformador que a digitalização tem sobre os modelos de negócio.

Neste sentido, é preciso embutir a tecnologia no ADN do negócio, dando espaço ao surgimento de novas oportunidades, ao aumento da mobilidade e à desmaterialização de processos, de acordo com o responsável.

Por sua vez, Rogério Campos Henriques, director de informação e membro do conselho de administração da Fidelidade, elogiou a predisposição que os portugueses, enquanto indivíduos, mostram no que toca à adoção de novas tecnologias. No entanto, referiu que, em contraste, a capacidade de adaptação das organizações e empresas às novas tecnologias acontece muito mais lentamente.

O CIO disse que é preciso mudar mentalidades e incutir uma espécie de “sentido de urgência” nos ambientes empresariais, relativamente à adoção de tecnologias inovadoras.

Mas o executivo chama a atenção para o facto de que “não é atirando dinheiro e tecnologia para cima dos problemas que eles se resolvem”. As empresas devem analisar e identificar os obstáculos que as impedem de “dar um salto” em direcção a uma maior digitalização. Só desta forma, é que os processos de negócio podem ser devidamente mudados.

Miguel Stilwell de Andrade, presidente de Soluções Comerciais da EDP, acredita não deve existir uma estratégia digital “per se”. Durante o painel, o responsável disse que o Digital deve estar enquadrado numa estratégia empresarial mais abrangente que a sustente.

Ele mostrou-se confiante de que a evolução dos modelos de negócio pode acontecer entre 2 a 3 anos.

Numa altura em que as palavras “empreendedorismo” e “inovação” estão na ordem do dia, geradas por eventos de grande escala como o Web Summit, Stephen Morais, Administrador da Caixa Capital, afirmou que “as empresas querem vir para Portugal” e nunca na nossa História o nível de empreendedorismo esteve tão alto.

Apesar d e dizer que “estamos a viver uma era de ouro de empreendedorismo e tecnologia em Portugal”, o executivo afirmou que muitos serviços digitais de que hoje se ouve falar não estão a chegar ao nosso mercado. Stephen Morais diz que isto se deve ao facto de o nosso mercado ser pequeno e de o poder de compra ser mais fraco o que noutras geografias.