A melhor maneira de fazer um engenheiro ou programador perceber as dificuldades das pessoas relativamente a uma situação é fazê-los viver essa mesma situação. Pegando neste conceito, o Facebook vai estrear as ‘terças-feiras 2G’ na sua sede em Menlo Park, nos EUA.

O objetivo é que os funcionários habituados a velocidades de alto débito percebam o que sentem os utilizadores da rede social que acedem a partir de países com economias emergentes e ligações de Internet rudimentares.

“Eu senti-me como ‘Whoa’. Definitivamente testou a minha paciência - parecia que algumas partes do produto simplesmente não funcionavam”, disse o diretor de engenharia do Facebook, Tom Alison, em declarações ao Business Insider.

E ao contrário do que pode parecer, a iniciativa não tem nada de ditatorial: só experienciam a Tuesday 2G os empregados que se inscreverem no programa e a limitação da velocidade de Internet acontece apenas durante a primeira hora em que usam a rede social.

A experiência vai ajudar Tom Alison e a sua equipa de mercados emergentes a ajustar ainda mais as tecnologias do Facebook para que os conteúdos sejam facilmente acessíveis mesmo em redes de Internet limitadas.

Desta forma os funcionários do Facebook “vão ver quais os aspetos que precisam de ser melhorados, mas também vão ver os aspetos nos quais já fizemos progressos”, disse o líder de engenharia da tecnológica norte-americana.

Ao tornar a iniciativa acessível a todos os seus funcionários, o Facebook vai garantir assim sugestões e outros olhares sobre os problemas que a equipa de engenharia pode ainda não ter encontrado.

Para ajudar os mercados emergentes o Facebook tem ainda outras iniciativas: a Free Basics - até aqui conhecida como Internet.org - que quer disponibilizar Internet em locais onde as ligações à 'grande rede' são ainda escassas; e o Facebook Lite, uma versão mobile da rede social que consome menos recursos e tráfego.