Pelo grande número de utilizadores diários que tem, o Facebook é um dos locais mais apetecíveis para os piratas informáticos. E as formas de disseminação de malware são cada vez mais engenhosas.



Apoiado na vontade que muitos utilizadores têm em ter uma página do Facebook diferente, a nova ameaça espalha-se de forma viral, como alerta especialista em segurança informática, David Sopas.



“O utilizador é convencido que, ao instalar esta aplicação maliciosa, irá mudar-lhe a cor do seu Facebook. Se a divulgação foi feita por um 'amigo' da sua rede, irá mesmo aumentar a credibilidade e a tentação para instalar este malware”, explicou o elemento da Web Segura.



Apesar de ser difícil quantificar o número de pessoas e máquinas já afetadas pela ameaça, David Sopas estima que “certamente entre 3.000 a 5.000 até à data do artigo”. E este é número que cresce a cada segundo, alertou.



A mensagem que é passada aos utilizadores diz:



Olha que interessante essas novas cores pro facebook.

http://colorproface.net

[caption]Nome[/caption]

O site colorproface.net contém um programa malicioso que depois de instalado, faz de facto a mudança de visual do Facebook, mas também muda algumas chaves de registo no Windows. "Segundo as amostras que obtive, este malware, monitoriza as teclas pressionadas, posicionamento do cursor e cria um backdoor no sistema da vítima. Grande parte do código está encriptado e poderá haver outras operações maliciosas neste malware", explica ao TeK o especialista.



De acordo com David Sopas, ao que tudo indica o malware tem origem brasileira. E é uma ameaça de alto grau de perigosidade, isto porque nos scans online de links maliciosos ou é dito que o site ainda não foi analisado ou então “passa” nos testes dos ditos sites.



O TeK experimentou algumas opções – McAfee Site Advisor, Norton Safe Web, PhishTank e OnlineLinksScan – e em nenhum recebeu um alerta para a ameaça do site colorproface.net.



Este é apenas mais um esquema que faz uso da língua portuguesa e de técnicas de engenharia social para se propagar na plataforma online Facebook. O TeK já tinha dado conta de outras ameaças: uma que dizia que tinham sido detetados vírus no Facebook do utilizador do utilizador e outra que enviava emails em nome da rede social, dizendo que tinha sido recebida uma mensagem de voz.

Rui da Rocha Ferreira


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico