"Iremos antes de mais nada perceber se a lista é verídica ou não e se a sua proveniência possa constituir intrusão abusiva e violação de sistemas de segurança que, numa primeira análise, não nos parece, pois a data da lista, as matrículas divulgadas e os serviços identificados parecem-nos já com algum tempo", referiu à agência Lusa fonte oficial da Direção Nacional da PSP.

A lista foi publicada no sábado, no Facebook, acompanhada da mensagem: "Se eu uso uma máscara para me proteger deste regime, e sou criminoso, também eles têm que ser desmascarados por andarem à caça de multas".

A PSP acredita que a lista em causa "seria facilmente acessível por vias normais, sem comprometer as redes de segurança, e através de uma aturada pesquisa em fontes abertas", garantindo que "a segurança dos portugueses não foi colocada em causa".

A divulgação da lista de viaturas descaracterizadas alegadamente utilizadas pela PSP e pela GNR acontece cerca de uma semana após o mesmo grupo ter conduzido um ataque informático contra o site da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL).

Foi o caso que nos últimos tempos mais atenção mediática conseguiu atrair, mas foi apenas mais um entre muitos ataques e defacements que têm sido realizados ao longo dos últimos anos. Só em 2013 o grupo Anonymous Portugal reclamou a autoria de vários ataques a entidades públicas e privadas. A atividade criminosa dos piratas informáticos em Portugal tem passado incólume à ação da justiça.

De acordo com fontes do Ministério Público, ainda ninguém foi acusado de dano ou sabotagem informática em Portugal, apesar dos ataques que se têm verificado.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico