A iniciativa do Governo de David Cameron pretende limitar o acesso a conteúdos e imagens de pornografia e abuso sexual de crianças online, contando com o apoio de diversas empresas e organizações internacionais.

O Bing iniciou no sábado um sistema de alertas que mostra um pop up de aviso quando se tenta aceder a sites de conteúdos ilegais, com um link para ajuda e aconselhamento, mas só em pesquisas realizadas no Reino Unido.

A Yahoo está a considerar um movimento semelhante, mas a Google decidiu manter a sua política de reportar estes conteúdos, não aderindo ao mesmo tipo de alertas.

Nenhum dos motores de busca está a aplicar de forma rígida o sistema defendido pelo primeiro ministro britânico, que pretendia que os alertas incluíssem as sanções para quem visualizasse os conteúdos, incluindo a possibilidade de perder o emprego e a família.

O modelo aplicado no Bing foi definido com o Child Exploitation and Online Protection Centre (Ceop), um centro de proteção aos menores, e é ativado com a ajuda de uma lista de sites e palavras mantida por esta organização. Segundo um porta-voz da Microsoft, estes novos alertas estão em linha com a política de verificação e remoção de links para conteúdos ilegais mantida pela empresa.

Em sentido contrário, a Google recusou-se a adotar o mesmo sistema de alertas, alegando que o seu método é melhor, o que lançou uma onda de indignação entre várias organizações britânicas que defendem a proteção dos menores contra conteúdos ilegais online.

Os especialistas britânicos que ajudaram o Governo a definir a nova política de combate à pedofilia online defendem que não basta o sistema de remoção das imagens, que se transforma numa guerra sem fim.

Segundo John Carr, um dos conselheiros do Governo nesta área, um sistema de alertas de conteúdos ilegais poderia deter um grande número de pessoas que começam por fazer pesquisas por curiosidade mas que tomam consciência que o que estão a fazer é ilegal e não é anónimo.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico