A operação "Print" foi gerida através da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) e permitiu "desmantelar um centro de emissão das chamadas “cartas da Nigéria”, através das quais se praticavam crimes de burla informática, falsificação de documentos e branqueamento de capitais", refere o comunicado.
Este tipo de burlas, que recebeu o nome de cartas da Nigéria, é um dos esquemas fraudulentos mais antigos online. Normalmente usa um alegado remetente daquele país que precisa de uma transferência urgente para conseguir obter dados das vítimas com promessas de pagamentos em dinheiro, oriundos de lotarias ou de heranças. Os modelos têm vindo a evoluir ao longo dos anos, com diferenças nas promessas e nas justificações para usar as contas bancárias das vítimas, mas continua a haver quem acredite no negócio.
Segundo os dados partilhados pela PJ, a investigação permitiu localizar e deter um dos principais responsáveis da organização que geria o centro de emissão destas "cartas", e constituir outra pessoa como arguida.
Em comunicado a PJ refere que foi apreendida diversa documentação, assim como sistemas informáticos e de telecomunicações que já estão em exame digital forense.
A PJ adianta ainda que uma "análise preliminar permitiu equacionar ter sido desmantelado um ponto de emissão de “cartas da Nigéria” destinadas a vítimas de várias nacionalidades na Europa", e por isso já foram ativados os canais de cooperação policial internacional, sendo que "a investigação prossegue tendo em vista a determinação da extensão da atividade criminosa".
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