O governo chinês vai continuar a censurar a consulta da Internet ao longo dos Jogos Olímpicos, impedindo que o Comité Olímpico Internacional cumpra a sua promessa de livre acesso à rede para jornalistas acreditados para o evento desportivo.


Os primeiros jornalistas, que já trabalham no centro de imprensa olímpico, não têm acesso a algumas páginas consideradas "sensíveis", relacionadas com temas como Falun Gong, Amnistía Internacional, Tibete, BBC ou com o massacre de Tiananmen, que o governo chinês mantém bloqueadas há anos.


O presidente da comissão responsável pela imprensa, Kevan Gosper, mostrou o seu desapontamento pela censura vigente e desculpou-se perante os meios de comunicação internacionais já presentes em Pequim pelos "mal entendidos criados nos últimos sete anos".


Em declarações ao South China Morning Post, o responsável lamenta que os jornalistas tenham sido "induzidos em erro" mas que havia sido acordado com o Comité Olímpico um "acesso livre, completo e aberto". Em troca seriam bloqueadas apenas algumas páginas sensíveis aos olhos do regime chinês. Tal não se verifica, o que tem impedido a difusão da informação referente aos jogos.



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