Depois de fechar a compra da tecnológica portuguesa Tarpipe em outubro, a Nubera já colocou no mercado o primeiro serviço que resulta da integração de tecnologia e know how adquirido. CloudWork é o nome do serviço que permite às pequenas e médias empresas integrarem de forma fácil e rápida as suas aplicações profissionais e redes sociais, automatizando os processos na cloud.

O projeto é liderado por dois portugueses, Bruno Pedro e Vitor Rodrigues, fundadores da Tarpipe, que assumiram as posições de CTO e Lead Architect, mudando-se para terras de Espanha depois da aquisição da empresa especializada em integração de aplicações cloud.

Atualmente mais de 40% de pequenas empresas estão a usar aplicações baseadas na cloud e 15% gerem mais de cinco tipos de apps diferentes, faltando uma visão unificada. É aqui que a CloudWork faz a sua aposta, prometendo maior produtividade, reduzindo tempo, complexidade e permitindo a sincronização de contactos e uma visão única das interações com clientes.

Na lista das aplicações já integradas na CloudWork contam-se o Google Apps, Zoho, Dropbox, Capsule CRM, Zendesk, Freshbooks, MailChimp, Evernote e Twitter, entre outras. O serviço vai ser também integrado com o marketplace de aplicações cloud GetApp, da Nubera.

Por enquanto a aplicação está disponível em beta, sendo o objetivo avaliar o interesse do mercado e adequar melhor o produto às necessidades dos utilizadores. O CloudWork está aberto a registos e Bruno Pedro garante que tem maturidade para ser usado em larga escala, embora a versão definitiva só deve ser disponibilizada no início de 2013.

O modelo de comercialização é freemium, com uma versão totalmente gratuita, mas com limites de utilização que podem ser ultrapassados pela subscrição de pacotes pagos de assinatura mensal.

Bruno Pedro explica ao TeK que o principal mercado desta solução é os Estados Unidos e foi com esse objetivo que o produto foi desenhado, mas que a sua utilização está aberta a utilizadores em qualquer parte do mundo e que "no futuro poderão surgir versões do produto traduzidas em várias línguas e até mesmo localizadas à realidade de países específicos. Portugal está no mapa pela dimensão do mercado de língua portuguesa em que se inclui também o Brasil e todos os países lusófonos".

A tecnologia que suporta o lançamento da CloudWork começou a ser desenvolvida em 2008 por Bruno Pedro e Vitor Rodrigues, na Tarpipe, que foi selecionada em 2009 para vários eventos onde o conceito e o primeiro protótipo foram validados. A primeira ronda de financiamento surgiria em 2010, através da Seed Capital. O interesse da Nubera surgiu através de uma colaboração com a empresa espanhola, que acabou por levar à aquisição da Tarpipe em 2012.

Segundo dados da empresa, em dois anos o Tarpipe contou com mais de 25 mil utilizadores que desta forma automatizaram mais de 5 milhões de tarefas.

Bruno Pedro garante que a marca e o serviço Tarpipe vão ser mantidos durante mais algum tempo, dando oportunidade aos atuais utilizadores para migrarem para o CloudWork, um processo que deve estar concluído até final do ano.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Fátima Caçador