A declaração hoje aprovada no IV Forum Ministerial entre a União Europeia e a América Latina, cujos trabalhos decorreram desde ontem no Centro Cultural de Belém, aponta a necessidade de continuar a desenvolver a interconecção entre as redes científicas redCLARA e GEANT, uma recomendação que vai ser apresentada na Cimeira UE-ALC de Chefes de Estado e de Governo, em Viena, que se realiza nos dias 11 e 12 de Maio.

Apesar da declaração final apontar algumas recomendações para os chefes de Governo, Mariano Gago, ministro da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, defendeu que o trabalho até agora realizado através da cooperação entre as redes académicas não é ainda suficiente. “Temos de ser mais corajosos. O que conseguimos é muito importante mas não é ainda suficiente”, afirmou o ministro.

Mariano Gago sublinhou que é preciso não esquecer a experiência adquirida e que o trabalho posterior tem obrigatoriamente de se basear no que de excelente foi feito.

A mesma ideia foi defendida pelo vice-ministro da Ciência e Tecnologia do Brasil, Luís Fernandes, que afirma ser essencial manter o financiamento para o desenvolvimento das redes e o seu alargamento a outros países da América Latina e das Caraíbas.

Em conferência de imprensa, a comissária europeia Viviane Reding sublinhou os mesmos objectivos e admitiu a intenção da Comissão Europeia de defender junto da Cimeira de Chefes de Estado em Viena estes mesmos princípios. "A GEANT é o que se chama um ´cavalo vencedor´e temos de continuar a apostar nele", salientou.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior reforçou ainda o facto de actualmente as redes científicas que ligam as comunidades educativas e de investigação da Europa e da América Latina serem um dos projectos de sucesso. "Se há domínio na Sociedade da Informação em que não há dúvida é a importância do trabalho conjunto no domínio destas redes", adiantou.

Mais inclusão pelas TIC
Com o tema da inclusão social no centro do Fórum, Mariano Gago garantiu que muito foi feito nos últimos anos, mas que é necessário continuar a trabalhar para garantir que as tecnologias permitem a inclusão na Sociedade da Informação de populações marginalizadas pelas condições geográficas, sociais ou culturais. O ministro reconhece que existem reais dificuldades em colocar em prática algumas das ideias desenvolvidas, mas acredita que através das TICs se consegue um combate mais eficaz a esta exclusão social.

Viviane Reding adiantou ainda que as experiências positivas estão a ser partilhadas entre países da América Latina e Caraíbas, apesar das suas diferentes realidades, num trabalho importante mas que precisa ainda de apostar no desenvolvimento de ferramentas fáceis de utilizar e baratas. "Uma certeza actualmente é que não se pode ser eficiente a reduzir a pobreza se não se usarem as ferramentas tecnológicas", acrescentou a Comissária.



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