“Explicar e melhorar as formas de pagamento pela Internet, resolver a questão logística da entrega, em que as pessoas têm de esperar em casa pela encomenda, introduzindo uma segunda ou terceira entrega e a questão do preço da entrega”. Estes são três factores que para o diretor do Boston Consulting Group (BCG) devem ser endereçados pelas empresas para potenciarem o comércio eletrónico.



Em declarações ao Diário Económico, o analista explicou que o desenvolvimento do ecommerce tem que partir das empresas e não dos consumidores. Isto a propósito da taxa de crescimento do comércio eletrónico em Portugal até 2018: de acordo com os dados da BCG, oscilará entre os 3 e os 5%.



Bas van Heel considera que em mercados mais desenvolvidos, como o Reino Unido e a Dinamarca, as barreiras que impedem que mais pessoas se interessem pelo comércio eletrónico já estão ultrapassadas e isso vai gerar crescimentos que podem vir a ser de 20% para os próximos quatro anos. Um valor quatro vezes superior ao das melhores expectativas em Portugal.



Ainda ao jornal, o executivo da BCG explicou que as empresas que fazem vendas através da Internet devem focar-se no grande número de clientes que ainda não usam este método, em vez de competirem ferozmente pelos utilizadores que já aderiram a esta forma de consumo. “É preciso segmentar em categorias e em tipos de consumidores de forma a criar oportunidades para as empresas”, explicou.



Por exemplo, o Público escreveu este fim de semana que uma das áreas onde o comércio online está a aumentar é no retalho alimentar, sendo que os grandes grupos de super e hipermercados estão inclusive a aumentar os armazéns para conseguirem corresponder à grandes procura de encomendas que têm tido através dos canais de venda na Internet.


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