A questão foi apontada por 31% dos que participaram nos encontros promovidos em todas as capitais de distrito do país e apresenta-se como a quarta mais relevante no que se refere às dificuldades na relação com serviços públicos.

Nos encontros, que participaram cidadãos, empresas e estruturas associativas os tempos de espera e de atendimento elevados foram os aspetos mais sublinhados, referidos por 61% dos que votaram. Em segundo lugar surge a demora na decisão e resposta dos serviços públicos e na posição seguinte a falta de aconselhamento e apoio na resolução dos problemas.

No relatório divulgado esta tarde numa conferência de imprensa são alinhados um conjunto de aspetos que se destacaram dos vários encontros e que estão entre os mais citados como aspetos a mudar a nos serviços da Administração Pública.

Cabem ainda temas como a existência de poucos serviços online, a complexidade dos que existem e a falta de interoperabilidade, ou a existência de múltiplos portais para gerir a relação de cidadãos e Estado com as empresas. No que se refere às empresas, quem participou nos encontros também destacou a falta de um site único com toda a informação e serviços eletrónicos relacionados com as atividades económicas.       

A Volta Simplex passou por todas as capitais de distrito nos últimos quatro meses, onde ouviu 2.034 cidadãos e empresários. Nesse período recebeu 1.427 participações ou sugestões de medidas. Pelo menos parte delas devem figurar no novo Simplex, que será apresentado a 20 de maio e que alinhará um conjunto de iniciativas de simplificação administrativa, para concretizar até final de 2017. Na maioria as medidas visam organismos da Administração Pública, mas também podem envolver entidades privadas, admitiu esta tarde Graça Fonseca, secretária de Estado da modernização administrativa.