Uma nova investigação, levada a cabo pela equipa da Kaspersky Digital Footprint Intelligence (DFI), revela que programadores, attackers (especialistas que realizam ataques a redes, aplicações web e dispositivos móveis) e designers estão entre os profissionais de TI mais procurados por cibercriminosos na dark web.

Os especialistas analisaram 227.000 anúncios publicados em 155 fóruns na dark web entre janeiro de 2022 e junho de 2022. Segundo os dados partilhados pela empresa de cibersegurança em comunicado, 46% dos anúncios foram publicados em 2020, tendo atingido um pico de atividade em março.

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Ao analisarem os anúncios publicados durante o período em análise, os peritos da Kaspersky selecionaram um conjunto, com mais de 160 propostas, que indicavam claramente o tipo de remuneração oferecida. Os salários médios variavam entre os 1.300 e 4.000 dólares mensais, com o mais alto a ser encontrado em anúncios que procuravam especialistas em engenharia reversa.

O salário mensal mais elevado que os investigadores identificaram rondava os 20.000 dólares, para uma posição de developers. Além dos salários, alguns dos anúncios contavam com indicações relativas a bónus e comissões para projetos bem-sucedidos.

Os programadores afirmam-se como os profissionais com mais procura na dark web, perfazendo 61% de todos os anúncios. Seguem-se os attackers, que correspondem a 16%, e os designers, com 10%. Do conjunto de profissões de TI mais procuradas na dark web incluem-se administradores (6%), especialistas em engenharia reversa (4%), analistas (2%) e testers (1%).

Como indica Polina Bochkareva, Security Services Analyst na Kaspersky, a "caça" por profissionais de TI "é um dos muitos tópicos que são constantemente discutidos" na dark web. "Hoje, seguir o interesse dos cibercriminosos e analisar continuamente as suas atividades é vital para as empresas que querem fazer face aos ciberataques e manter a segurança da informação no mais alto nível", enfatiza.