(Actualizada) A generalidade das lojas que usa o canal Internet para comercializar livros escolares incentiva a compra por esta via com descontos que variam entre os 10 e os 20 por cento. O cliente aprecia porque tem uma redução no preço final investido no início do ano lectivo e as empresas vêm a utilização das plataformas a crescer de ano para ano.



As campanhas arrancam ainda durante o mês de Julho e têm nesse e no mês seguinte o período de grande concentração de encomendas, pelo que os resultados apurados no fim do mês de Agosto são já conclusivos em termos de balanço.



A Webboom da Porto Editora - quinto site de comércio electrónico mais visto pelos portugueses nos primeiros seis meses do ano, de acordo com a Marktest - só no mês de Agosto recebeu 15 mil encomendas, o que corresponde a 110 mil livros. Os números disponibilizados pela empresa ao TeK revelam um aumento nas vendas do canal online superior a 50 por cento.



Para atrair os clientes a Webboom oferece um desconto de 10 por cento nos manuais e de 20 por cento nas restantes edições escolares, onde se incluem dicionários e livros de exercícios. Garante também a isenção de custos para o cliente quando é necessário enviar os livros em duas vezes - por rupturas de stock dos fabricantes - cobrando apenas portes de envio na primeira entrega.



Outras plataformas apostam noutras estratégias para chamar clientes, como é o caso do Livros.net que até 3 de Setembro processou 3 mil encomendas de 12 mil livros. Esta loja garante ser a única com serviço de help desk online e junta a esta característica a oferta dos portes de envio para atrair os clientes. Também no caso do Livros.net há a registar um aumento nas vendas online face ao ano passado, neste caso de 10 por cento.



Provavelmente, também neste caso os 10 por cento de desconto no preço dos manuais - uma estratégia também usada pelo El Corte Inglês, Mediabooks e pelo Continente online - têm peso no aumento de vendas registado, até para compensar a subida de 3,1 por cento no preço tabela dos livros que a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros estima para este ano.



Sem revelar números o Continente Online, que pela primeira vez este ano permite a encomenda online de livros escolares, garante também que o serviço "está a ser um enorme sucesso, tendo o número de reservas excedido largamente as nossas previsões mais optimistas", diz fonte institucional.



O tempo de entrega em casa dos livros depende da sua disponibilidade nos fabricantes mas a generalidade das plataformas garante o envio até início do ano lectivo. Os serviços de correio são o parceiro da maioria dos serviços online para a entrega na residência, com excepção do Continente online que entrega através das próprias equipas (com um custo adicional de 3 euros) e do El Corte Inglês que só entregava os livros em casa para encomendas realizadas até 14 de Agosto. Todas os pedidos online realizados depois dessa data têm de ser levantados nas lojas.



A variedade de opções para quem pretende usar o canal online na compra dos livros escolares são cada vez mais mas por agora não existem números oficiais sobre quem domina este segmento. De acordo com dados da UNICRE - referidos pela Webboom - a livraria online da Porto Editora, a par com o Continente online são os sites de comércio electrónico mais dinâmicos.



Dados do NetPanel da Marktest também colocam a Webboom no quinto lugar dos sites de comércio electrónico mais vistos do país nos primeiros seis meses do ano, com 405 mil utilizadores. Sobre os destinatários da oferta os números são mais claros e indicam que este ano iniciam o ano lectivo cerca de 1,5 milhões de alunos que irão adquirir cerca de 10 milhões de manuais.



Nota de Redacção [06-09-2007 11:21]: A notícia foi actualizada para incluir uma declaração do Continente Online.



Cristina A. Ferreira




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