Nos últimos cinco anos o número de reclamações apresentadas pelos consumidores triplicou, mostrando maior consciência dos direitos e o suporte de sistemas mais acessíveis para apresentar queixas. Os números são hoje apresentados pelo Diário Económico, que teve acesso à informação da Direcção-geral do Consumidor.

De acordo com o Jornal, em 2010 foram feitas mais de 206 mil reclamações, numa subida de 11% face ao valor do ano anterior. Os dados relativos às queixas na área das Telecomunicações não foram ainda adiantados, mas este é um dos sectores onde tradicionalmente existe maior volume de reclamações.

Em 2010 a Associação de Defesa do Consumidor (DECO) recebeu pedidos de informação de 370 mil consumidores, sendo as telecomunicações uma das áreas de topo na lista de queixas, nomeadamente pela velocidade de acesso à Internet.

Para assinalar o Dia Mundial do Consumidor, que se celebra hoje, 15 de Março, estão a decorrer várias iniciativas, entre as quais a Tenda do Consumidor que está montada na Praça da Figueira entre as 11 e as 19 horas para sensibilizar os consumidores para os seus direitos.

A Anacom junta-se à iniciativa mas disponibiliza também online um novo Portal do Consumidor através do qual procura reforça o seu papel na protecção dos direitos dos consumidores, prestando informação relativa aos serviços de comunicações electrónicas e postais.

[caption]anacom consumidor[/caption]

O portal foi inaugurado hoje e, para além de informação de base nesta área, dá a possibilidade aos utilizadores do serviço de colocarem questões, que são respondidas pelo regulador do mercado.

O Portal do Consumidor, mantido pela Direcção-geral do consumidor, oferece também acesso a informação sobre direitos e conflitos de consumo, assim como a um formulário online onde pode ser feita directamente a reclamação.

[caption]defesa do consumidor[/caption]

Dentro do espaço económico europeu, o site da Defesa do Consumidor da União Europeia é outra boa fonte de informação sobre os direitos e a educação dos consumidores.

Fora dos circuitos “oficiais” muitas das reclamações fazem-se também nas redes sociais, onde as marcas têm de estar cada vez mais atentas às questões colocadas pelos clientes, evitando a escalada de queixas, como aconteceu no caso recente da Ensitel.