O bloqueio do acesso a sites com conteúdos pornográficos voltou a estar na ordem do dia no Egito, após um Promotor Público ter defendido ontem que todos os sites pornográficos deveriam ser bloqueados.


De acordo com a agência Reuters, Abdel Maguid Mahmoud afirmou que "o Governo tem que tomar as medidas necessárias para bloquear quaisquer imagens pornográficas corruptas ou que possam corromper", acrescentando ao leque "as cenas inconsistentes com os valores e tradições do povo egípcio e com os mais elevados interesses do Estado".


As declarações de Mahmoud estão na linha de anteriores decisões da justiça egípcia, que já em 2009 tinha ordenado que o acesso a sites pornográficos a partir do Egito fosse banido.


Ainda segundo a Reuters, o Ministro das Telecomunicações egípcio, Hany Mahmoud, admitiu que será tecnicamente complexo o bloqueio a esses sites, defendendo em alternativa o trabalho do Governo "para elevar consciência dos seus cidadãos".


Às declarações do promotor público egípcio seguiu-se uma decisão do Departamento de Estado norte-americano, igualmente sobre ações de censura na Internet, que vai impor sanções ao Irão como resposta a este tipo de práticas.


Segundo a Cnet, a porta-voz do departamento de estado norte-americano, Victoria Nuland, acusou o Irão de criar uma "cortina eletrónica", identificando quatro personalidades iranianas e cinco organizações que "têm sido particularmente opressivas" no que respeita à liberdade de informação na Internet.


Entre os acusados está Reza Taghipour, Ministro da Comunicação, Informação e Tecnologia iraniano, que os EUA referem ser responsável por ordenar o bloqueio a emissões de televisão por satélite e pela restrição de ligações à Internet. No leque dos acusados estão também o Ministro da Cultura iraniano e o seu assessor para a comunicação social, que terá ordenado o encerramento de vários meios de comunicação e a detenção de jornalistas.


As sanções a aplicar pelas autoridades norte-americanas ao Irão traduzem-se no bloqueio ou no congelamento de todos os ativos nos EUA pertencentes aos indivíduos e grupos identificados, bem como a proibição de viajar para os Estados Unidos e fazer negócios com cidadãos norte-americanos.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico