Os efeitos do Europeu de futebol continuam a ter eco na internet, quando as equipas nacionais de cada país entram em campo. Uma nova análise da Cloudflare mostra que no duelo entre os dois finalistas do campeonato é Espanha quem consegue ter mais impacto neste domínio.
Todos os jogos do Europeu são emitidos em canais de televisão de sinal aberto e tem ficado claro que é para esses ecrãs que boa parte da população em cada país está a olhar durante os jogos, deixando de lado outras opções de conteúdo, ou mesmo canais online que possam também transmitir os jogos.
Sempre que a equipa do país vizinho jogou durante o Europeu, que termina este fim-de-semana com a final Espanha-Inglaterra, registaram-se quedas significativas no tráfego da Internet durante as partidas. Em Inglaterra esse impacto foi aumentando à medida que a seleção se foi aproximando da final, nos jogos decisivos e eliminatórios, e com o decorrer de cada jogo.
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Nas semifinais, que colocaram em campo Espanha vs França e Países Baixos vs Inglaterra, uma análise ao tráfego de internet revela que franceses e neerlandeses ficaram “colados” ao ecrã da televisão sobretudo na primeira parte dos jogos, enquanto os adeptos da Espanha e do Reino Unido desligaram-se da internet principalmente na reta final dos respetivos jogos. Entre os quatro países, o impacto mais vincado foi nos Países Baixos (27%), que acabaram por não seguir em frente na competição.
No Reino Unido, e ao longo de toda a competição, os números mostram que o primeiro jogo, contra a Sérvia, foi aquele que teve aparentemente maior impacto no tráfego de internet nos momentos iniciais da partida - os ingleses navegaram menos 8% na internet que no mesmo horário uma semana antes.
Na semana seguinte, contra a Dinamarca, foi na segunda parte do jogo que a utilização da internet mais abrandou no país (13%), uma quebra que ainda assim não superou a que se seguiu durante o debate com os quatro principais candidatos às eleições ( 15%) exibido no mesmo dia. Vale no entanto a pena indicar que o debate político começou à hora de jantar (20h) e o jogo decorreu enquanto muitos adeptos provavelmente ainda estavam a trabalhar.
O terceiro jogo de Inglaterra na fase de grupos foi dos três o que teve menos impacto na utilização de internet no país (cerca de 5%). Esse impacto aumentou para 9% no jogo seguinte com a Eslováquia no final da segunda parte e para 10% no tempo extra. A mesma tendência se verificou no jogo com a Suíça, que começou com pouco impacto no tráfego de internet (3%) e terminou com penalties e menos gente online (11% de redução no tráfego online).
A Espanha, que conseguiu vencer todos os jogos da competição sem chegar aos penalties, conseguiu captar a atenção dos adeptos ao ponto de abrandar de forma mais significativa a utilização de internet nos jogos com equipas maiores, como a Itália, Alemanha e França.
No primeiro jogo da fase final, contra a Croácia e à hora de jantar, o tráfego de internet no país caiu entre 7% (primeira parte) e 9% (segunda parte). No jogo seguinte com Itália o impacto já foi de 16% e 15%.
Nos jogos seguintes, com equipas que nunca venceram a competição, o impacto na internet voltou a diminuir. Voltou a aumentar no jogo com a Alemanha, onde atingiu 10%, e no jogo seguinte com a França (19%).
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