Novos dados revelam que os organismos da Administração Pública Central, Regional e Local foram alvo de 127 ataques informáticos ao longo de 2020, menos 12 do que em 2019. Ao todo, no ano passado, 99 dos 718 organismos reportaram ter identificado problemas de segurança nos seus sistemas.
A informação faz parte do mais recente Inquérito à Utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação na Administração Pública Central (IUTIC), organizado pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) e pela Direção de Serviços de Estatísticas da Ciência e Tecnologia e da Sociedade de Informação (DSECTSI).
Os dados dão a conhecer que, no que toca a problemas devido a incidentes de segurança relacionados com as TIC, a Administração Central Pública registou 34 casos de indisponibilidade dos serviços devido a ataques externos. Seguem-se as Câmaras Municipais, com 19 incidentes, a Região Autónoma da Madeira (RAM) com 6 e a Região Autónoma dos Açores (RAA) com 3.
Já no que respeita à destruição ou corrupção de dados devido a ataque ou incidentes inesperados, a Administração Central Pública contou com 11 casos, as Câmaras Municipais com 10, a RAM com 4 e a RAA com 1.
A divulgação de dados confidenciais através de ataques de intrusão, incluindo casos de phishing, também faz parte da análise. Aqui, a Administração Central Pública registou 11 incidentes, as Câmaras Municipais detetaram 10 e a RAM reportou apenas um caso. Tanto a Administração Central Pública como as Câmaras Municipais registaram ainda incidentes que se enquadram na categoria “Outros”, totalizando 13 casos.
Apesar dos números de incidentes de segurança registados no ano passado, os dados do inquérito revelam que apenas 34 dos 718 organismos indicam ter seguro contra incidentes de segurança das TIC: 8 da Administração Central Pública, 23 das Câmaras Municipais, 2 da RAM e 1 da RAA.
Das estratégias de cibersegurança ao reforço das competências
O mais recente IUTIC indica que 66% dos organismos da Administração Central, 64% das Câmaras Municipais, 47% dos organismos da Administração da RAA e 36% dos organismos da Administração da RAM afirmam ter uma estratégia definida e estruturada para a segurança de informação.
Já 98% dos organismos da RAM e das Câmaras Municipais, 95% dos organismos da Administração Pública Central e 86% dos organismos da RAA dispunham de firewall nos seus sistemas.
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A totalidade dos organismos da RAA, 99% das Câmaras Municipais, 96% dos organismos da RAM e 93% dos organismos da Administração Central atualizaram regularmente o software dos seus sistemas ao longo do ano passado.
Os organismos da Administração Pública Central foram os que mais disponibilizaram recomendações documentadas sobre medidas, práticas ou procedimentos de segurança das TIC (53%). Seguem-se os organismos da RAA (51%), as Câmaras Municipais (38%) e os organismos da RAM (25%).
Os dados indicam também que 78% das Câmaras Municipais, 52% dos organismos da Administração Pública Central, 45% dos organismos da RAM e 37% dos organismos da RAA indicaram ter elevada necessidade de reforçar competências em matéria de segurança das TIC.
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