De acordo com um novo estudo da Pew Research Center, os jovens estão a passar cada vez menos tempo no Facebook. Em comparação com os resultados da última edição desta iniciativa, que visa aferir as preferências dos internautas adolescentes, os números de utilização diária daquela rede social caíram dos 71% para os 51%. Em contraste, o Instagram subiu dos 41% para os 72%.

YouTube e Snapchat são os outros dois serviços que lideram este segmento etário. O serviço de vídeos reuniu 85% de respostas favoráveis, ao passo que a app fundada por Evan Spiegel parece convencer 69% dos inquiridos.

As apps são também as plataformas que os jovens dizem utilizar com mais frequência, reunindo, neste inquérito, 33% das preferências cada uma. O Instagram surge em terceiro com 15% das respostas. O Facebook foi o escolhido por 10% dos entrevistados. Twitter, Reddit e Tumblr reuniram 3%, 1% e menos de 1%, respetivamente.

"O panorama das redes sociais entre os adolescentes está muito diferente daquilo que era há três anos atrás", escreve Monica Anderson, investigadora associada da Pew Research Center e principal autora deste estudo. "Antes, a utilização das redes sociais nesta faixa etária girava em torno do Facebook. Atualmente, os hábitos destes utilizadores estão mais dispersos entre plataformas".

O que não parece reunir uma maioria expressa é a opinião que este grupo tem sobre o efeito das redes sociais. Ao mesmo tempo que 31% considera que estas plataformas são, na sua maioria, positivas para os utilizadores, 24% consideram o contrário. 45% disseram achar que as redes sociais não têm um impacto demarcadamente positivo ou negativo. Note que os mais otimistas sublinharam a importância que estas ferramentas têm em conectar utilizadores com a sua família e amigos. Os que acreditam que as redes sociais são negativas, destacaram o bullying e os boatos que circulam nestas plataformas.

Mais importa dizer que o estudo da Pew demonstra um claro aumento na taxa de penetração de smartphones. Em 2015, apenas 73% dos adolescentes admitiram ter um. O valor subiu agora para 95%.

De destacar ainda que 45% dos 743 jovens inquiridos responderam estar constantemente na internet. Há três anos, este indicador não passava dos 24%.