O Twitter é um fenómeno de crescimento no que respeita às redes sociais, o que explica o interesse das empresas neste tipo de serviço como fonte de informações sobre as preferências dos consumidores. Mas um estudo da Harvard Business School, recentemente publicado, desaconselha o recurso ao "micro blog" como indicador de tendências.
Mais de 90 por cento dos tweets são produzidos por menos de 10 por cento dos utilizadores, o poderá levar a uma deturpação de resultados em análises de opinião pública baseadas no site.
O estudo, realizado durante o passado mês de Maio, analisou os perfis de 300 mil utilizadores, escolhidos aleatoriamente, tendo sido verificado todo o conteúdo dos blogs desde que estes foram criados. Mais de metade dos utilizadores enviavam tweets menos de uma vez em 74 dias.
As empresas devem ter em atenção que alguns utilizadores são mais activos que outros, fazendo-se ouvir muito mais e enviesando os resultados. "Se o objectivo é ter um cruzamento de informação representativo da opinião pública, o melhor é ficar longe do Twitter", é o conselho de Piskorski, professor de estratégia em Harvard, citado pela Reuters.
Piskorski sugere antes a utilização deste serviço como forma de responder a solicitações de consumidores individualmente considerados, ou utilizando os perfis das empresas para fazer publicidade e vendas.
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