O caso do adolescente que há alguns meses atrás levou a cabo um tiroteio numa escola da Finlândia, inspirado por um videojogo entretanto proibido no país, levou a Comissão Europeia a realizar uma análise. O processo visou a eficácia do sistema pan-europeu de classificação dos jogos e da legislação em vigor para impedir crianças e jovens de terem contacto com conteúdos potencialmente perigosos.



As conclusões apontam para a necessidade de uma acção mais firme e coordenada entre os Estados. O PEGI, o sistema mais usado na Europa para classificar os videojogos por idade e dar referências sobre conteúdos inadaptados à idade num determinado jogo, tem pouca visibilidade e poucas actualizações, conclui o organismo.



Para que seja eficaz o PEGI, que também tem uma versão Online, o PEGI Online, deve gozar de melhoramentos mais regulares e ter o apoio dos Estados-membros na sua divulgação, de forma a garantir que os pais saibam da sua existência e possam tirar partido dele.



Uma forma de garantir a maior eficácia do sistema, considera a CE, é integrá-lo com o sistema de classificação de cada Estado-membro. Outra sugestão é a de que seja estabelecido, num prazo de dois anos, um código de conduta europeu para a venda de jogos a menores, acordado entre todos os players.



A análise levada a cabo pela Comissão Europeia permitiu concluir que 20 países europeus usam o sistema PEGI, incluindo Portugal. Três não usam o sistema pan-europeu por terem legislação própria - a Alemanha e Lituânia, com legislação específica e Malta, com legislação genérica. Quatro não usam qualquer sistema de classificação dos jogos por idades: Chipre, Luxemburgo, Roménia e Eslovénia.



O sector europeu de jogos deverá no final deste ano facturar 7.300 milhões de euros. Em 2010 espera-se que representem 33 por cento das receitas totais de jogos. Hoje já vale metade do mercado de música.



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