Em preparação para as eleições presidenciais americanas de 2020, o Facebook anunciou, numa publicação no seu blogue, que vai alterar as regras relativamente à publicação de anúncios políticos e acerca de assuntos sociais nos Estados Unidos. A decisão surge no seguimento de algumas entidades estarem a utilizar nomes enganadores nos seus anúncios de forma a ocultar a sua identidade, tal como revelado por investigações da Vice em 2018.
De forma a tornar tanto o Facebook como o Instagram mais seguros e evitar a interferência de forças estrangeiras na eleição que decidirá o sucessor de Donald Trump, quem faz anúncios políticos nas redes sociais terá de dar provas da sua legitimidade através de credenciais emitidas pelo governo americano. Além disso, as entidades terão, obrigatoriamente, de tornar públicas as suas informações de contacto.
Em troca das informações disponibilizadas, as entidades vão poder utilizar o seu nome em anúncios políticos, sendo que estes contarão com um ícone no canto superior direito que indica que são uma “organização confirmada”, que, quando clicado, revela informações adicionais sobre o anunciante.
A empresa está também a tomar medidas que possibilitam a compra de anúncios por parte de organizações de menor dimensão e políticos locais que não tenham a possibilidade de obter uma credencial emitida pelo governo. Contudo, o ícone que aparecerá nas suas publicidades apenas dirá “Mais sobre este anúncio”.
Além da aplicação de novas regras em relação a este tipo de anúncios, a gigante das redes sociais atualizou as categorias publicitárias daquilo que é considerado político, reduzindo-as apenas a 10 tópicos mais abrangentes.
De acordo com a publicação no blog da rede social, a empresa tenciona realizar, ao longo dos próximos meses, ainda mais alterações, as quais promovem uma maior transparência em relação não só aos anúncios, mas também no que toca ao conteúdo político que os utilizadores encontram na plataforma.
Entre elas, o Facebook pretende melhorar a sua "Biblioteca de Anúncios", proibir publicidades que encorajem os utilizadores a não votar, assim como exigir que todas as páginas de candidatos às eleições americanas passem por um processo que confirme se são reais e que, de facto, se localizam nos Estados Unidos.
As medidas postas em prática pelo Facebook vão entrar em vigor a partir de setembro deste ano e, caso não cumpram a nova política até meados de outubro, os anunciantes arriscam-se a ter os seus anúncios removidos da plataforma.
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