
O distrito federal de Columbia, Washington DC, nos Estados Unidos, processou o Facebook pelo escândalo Cambridge Analytica, e a disponibilidade e utilização ilegal dos dados privados de dezenas de milhões de utilizadores. O advogado Karl Racine deu o primeiro passo em representação do Estado para castigar a empresa de Mark Zuckerberg pelas violações de privacidade. “O Facebook falhou a proteger a privacidade dos seus utilizadores e enganou-os sobre quem teve acesso aos seus dados e como os utilizaram”, refere o advogado na sua declaração.
Karl Racine afirma que os dados utilizados indevidamente pela Cambridge Analytica, fornecidos pelo Facebook, prejudicou praticamente metade dos residentes do distrito de Columbia. A ação judicial acrescenta também que a rede social enganou as pessoas sobre a segurança dos seus dados, para além de dificultar o controlo das opções de privacidade na plataforma.
Segundo avança o New York Times, o advogado referiu que as novas informações de que o Facebook estaria a favorecer o acesso da dados dos amigos dos utilizadores a gigantes tecnológicos como a Microsoft, Netflix ou Amazon, revelados ontem, também devem ser escrutinados. E que o distrito de Columbia iria forçar a rede social a implementar protocolos para garantir a segurança e privacidade das pessoas, para além de procurar contrapartidas para os utilizadores que foram lesados.
Por fim, Karl Racine adianta que outros advogados de Estado estão a investigar a conduta do Facebook, e que poderá surgir uma ação judicial múltipla contra a empresa de Mark Zuckerberg.
O Facebook foi alvo de diversas chamadas à responsabilidade por lesão aos utilizadores. Em Portugal, por exemplo, a DECO avançou com um processo contra a rede social, reclamando até 2.000 euros para cada utilizador português. Já a Itália multou o Facebook em 10 milhões de euros por venda de dados dos utilizadores, sem os informar corretamente. Fica-se ainda por saber, no entanto, quais as sanções que Bruxelas vai aplicar à empresa de Mark Zuckerberg, com o eurodeputado português Carlos Coelho a pedir esclarecimentos de como se pretende indemnizar os utilizadores lesados pela violação dos seus dados.
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