O Facebook confirmou esta terça-feira a suspensão de 70 contas e 138 páginas da sua rede social. No Instagram, o mesmo tratamento foi dado a 65 perfis. Ao todo foram excluídas dos seus serviços mais de 270 contas que, diz a empresa, pertenciam à Internet Research Agency (IRA), uma empresa russa, alegadamente ligada às campanhas de desinformação que têm minado a internet desde há uns anos a esta parte.

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Alex Stamos, CSO da gigante norte-americana, comentou que a "IRA tem usado contas falsas para manipular e iludir os internautas de forma consistente. É por isso que removemos toda e qualquer conta com ligações a esta organização - esteja ela relacionada com atividades nos EUA, na Rússia, ou em qualquer outro lado".

Stamos adianta que a investigação que levou o Facebook ao encontro destas páginas "demorou vários meses". Ao todo, as páginas e perfis de Facebook reuniam 1,08 milhões de seguidores, ao passo que as contas de Instagram chegavam aos 493 mil. Desde o princípio de 2015 que as contas gastaram uma soma equivalente a 167 mil dólares em anúncios em ambas as plataformas. As publicidades também foram retiradas de circulação.

Algumas das páginas exibidas no comunicado emitido pela Google incluem a RuOpen, a Politkach e a Spicy Blogger. A maioria dos posts feitos incluem piadas políticas e pedem aos utilizadores que partilhem história "estranhas ou assustadoras". Stamos explica, no entanto, que as contas foram removidas por estarem secretamente associadas à IRA e não por problemas relacionadas com estes conteúdos.

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Mark Zuckerberg explicou que esta ação teve por objetivo o "desmantelamento de páginas que tinham como alvo os habitantes da Rússia".

Apesar de estar envolvida num escândalo de partilha de dados com a consultora Cambridge Analytica, que terá utilizado as informações privadas de cerca de 50 milhões de utilizadores do Facebook para construir uma ferramenta de microsegmentação para campanhas políticas, o Facebook tem vindo a denunciar as ações da IRA há algum tempo. Em 2017, no âmbito de uma investigação semelhante, a empresa suspendeu 30 mil contas falsas e 3 mil anúncios que tinham o objetivo de dividir o eleitorado norte-americano durante as presidenciais que terminaram com a eleição de Donald Trump.

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