Apple, Facebook, Twitter, LinkedIn ou Foursquare são alguns dos nomes numa lista de quase duas dezenas de tecnológicas acusadas de não assegurarem devidamente a privacidade dos utilizadores que usam as suas aplicações móveis.

A ação popular, apresentada por 13 queixosos, deu entrada esta semana num tribunal de Austin, EUA - materializando aquilo que vinha sendo antecipado por diversas críticas à falta de mecanismos para proteger a privacidade daqueles que usam as aplicações destinadas a otimizar o acesso aos serviços das empresas em smartphones e tablets.

Entre as visadas pelo processo estão 18 empresas, numa lista onde se contam também nomes como a Instragram, Rovio (responsável pela criação do popular Angry Birds), Path ou a Electronic Arts.

Os autores da ação intentaram o processo em seu nome e de todos os utilizadores em situações semelhantes, tratando-se de um tipo de processo que permite que outros interessados se lhes juntem, engrossando o número de queixosos a participar na acusação.

Os argumentos esgrimidos em 152 páginas de alegações podem ser, segundo o TechCrunch, resumidos na frase com que se se inicia o documento "Não se apropriem de coisas que não vos pertencem", retirada da obra "All I Really Need To Know I Learned In Kindergarten", de Robert Fulghum.

Na queixa apresentada, os advogados alegam que as empresas que criam aplicações recolhem informações dos utilizadores de forma disfarçada, sem o conhecimento destes, e defendem que é preciso tomar medidas para impedir que isso continue a acontecer.

Já a Apple é chamada a tribunal por facilitar a recolha desta informação dos utilizadores pelas aplicações, descreve o blog. A Amazon e a Google também são referidas no documento, mas não foram colocadas no banco dos réus, acrescenta.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Joana M. Fernandes