Com o objectivo de identificar fugas de informação, uma auditoria da Inspecção Geral das Finanças investigou mais de 30 mil mensagens de correio electrónico de funcionários de vários serviços do Ministério das Finanças. Segundo uma notícia hoje avançada pelo Jornal Público, a auditoria foi aprovada pelo Ministro Teixeira dos Santos e foi feita sem conhecimento dos funcionários.

Os emails analisados foram enviados ou recebidos entre 12 de Novembro de 2005 e 8 de Junho de 2006 e pertenciam a cerca de 370 funcionários. Numa primeira fase foram apenas identificados os campos de "Assunto".

A investigação teve na origem a uma queixa de Paulo de Macedo, que na altura dirigia a Direcção Geral de Impostos, que embora tenha sido arquivada na Polícia Judiciária deu origem a uma auditoria da Inspecção Geral das Finanças. Mais tarde as conclusões deste processo levaram à reabertura do processo junto do Departamento de Investigação e Acção Penal da Polícia Judiciária.

A investigação continuou e, para ter acesso ao conteúdo dos emails dos funcionários que mais mensagens tinha trocado com órgãos de comunicação social, foi pedida uma autorização ao Tribunal de Instrução Criminal, solicitando também o acesso às pastas pessoais e ambiente de trabalho.

O relatório foi concluído já este ano e, segundo a mesma fonte, não houve qualquer indicação da fuga de informação que tinha gerado as suspeitas.