
O Governo dos Estados Unidos voltou a tecer duras críticas ao WikiLeaks. Por outro lado, Julian Assange, criador do polémico site, que recentemente divulgou milhares de documentos sobre a guerra no Afeganistão, declarou-se decepcionado com a reacção norte-americana.
O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, afirmou este domingo que o WikiLeaks é "o culpado moralmente" pelo que possa ocorrer às tropas estrangeiras e às afegãs, referindo-se àquela que foi classificada como a maior publicação do género de sempre, tanto em alcance como em volume, com a possibilidade de aceder online a mais de 90 mil documentos classificados.
Após a divulgação dos relatórios - que revelam operações secretas, mortes de civis que nunca foram reportadas e denunciam a ajuda dos serviços secretos paquistaneses ao movimento talibã - os insurgentes asseguraram que irão procurar as pessoas nomeadas para represálias.
Para Robert Gates, as declarações dos talibãs justificam a preocupação do Governo americano de que as vidas dos militares afegãos, dos soldados dos EUA e das forças aliadas possam estar em risco.
O portal "publicou os documentos sem levar em conta as consequências", disse o secretário da Defesa numa entrevista à rede NBC.
Por sua vez, num comunicado difundido por vídeo através da cadeia televisiva CNN, Julian
Assange mostrou-se particularmente crítico com o responsável político, a quem acusou de ter "estado por de trás da morte de milhares de crianças e adultos" no Afeganistão e no Iraque.
"Depois da divulgação dos documentos, Robert Gates podia ter anunciado, tal como aconteceu noutros países, a abertura de uma investigação sobre as mortes denunciadas", considera o criador do site WikiLeaks.
Entretanto o Reino Unido parece ser o mais recente "alvo". Ao que indica o The Sunday Times, entre os documentos sobre a guerra do Afeganistão por publicar - foram publicados 91 mil, mas ainda faltarão 15 mil - estarão relatórios que fazem referências directas à acção das tropas britânicas na guerra, com destaque para um alegado ataque mortal a civis.
Refira-se que Portugal também surge contemplado no WikiLeaks, cujo objectivo é transformar-se num intermediário entre a imprensa e fontes de informação que desejem permanecer anónimas.
Além dos relatórios produzidos pela GNR sobre a Guerra do Iraque, a "listagem nacional" inclui também estudos sobre o TGV e notas relativas ao processo do desaparecimento de Madeleine McCann.
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