O fundador do Megaupload, Kim Dotcom Schmitz saiu em liberdade, ao fim de um mês sob a custódia das autoridades neozelandesas, que entendiam existir um elevado risco de fuga por parte do suspeito.

O criador do site de alojamento e partilha de ficheiros foi detido a 20 de janeiro, na sequência de um mandado internacional que levou também à apreensão de material e encerramento do serviço, e tinha visto recusados os últimos pedidos para aguardar o julgamento em liberdade.

"Estou aliviado por poder voltar para casa e ver a minha família, os meus três filhos pequenos e a minha mulher, que está grávida", afirmou Kim Dotcom, citado pela imprensa internacional.

O suspeito ficou porém proibido de aceder à Internet e reservar voos. Deve ainda permanecer na sua propriedade de Auckland, exceto em caso de emergência médica, descreve a AFP.

Acusado de fraude e violação de direitos de autor, o alemão de 38 anos a residir na Nova Zelândia recebeu agora o aval do juiz para aguardar em liberdade a decisão sobre o pedido de extradição para os Estados Unidos, uma audiência que, de acordo com as últimas informações avançadas pela Bloomberg, já não deverá acontecer antes de julho.

O tribunal considerou que, depois de apreendidos todos os bens do suspeito e descobertas novas contas bancárias em seu nome, o risco de fuga se encontrava atenuado. As circunstâncias não são agora "de tal ordem que justifiquem manter o Sr Dotcom sob custódia", afirmou o juiz, citado pela Bloomberg. Kim Dotcom "tem razões de sobra para ficar com a família e lutar para recuperar seus bens", acrescenta a AFP.

Recorde-se que os primeiros pedidos tinham sido negados com as autoridades a realçarem a alta probabilidade de fuga por parte de alguém com passaportes alemão e finlandês e residência oficial em Hong Kong e na Nova Zelândia.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Joana M. Fernandes