A Inteligência Artificial pode ser uma ferramenta revolucionária, mas também pode atuar como uma poderosa arma nas mãos dos ciberatacantes. É a pensar nesta última situação que tanto a consultora Gartner como vários peritos do setor estão a aconselhar as empresas a bloquear proativamente agentes de Inteligência Artificial integrados nos browsers.
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Esta recomendação surge a partir de uma previsão reveladora do comunicado enviado pela consultora, que estima que 25% das organizações empresariais até 2028 proíbam formalmente o uso destas ferramentas devido à impossibilidade de garantir a segurança dos dados corporativos.
A preocupação central reside na mecânica intrusiva destes assistentes, pois ao contrário de um chatbot isolado, os agentes de IA integrados nos browsers, ou nos modelos instalados como extensão do browser, têm visibilidade total sobre a atividade do utilizador. Estes conseguem ler o conteúdo apresentado no ecrã, interpretar contextos e até preencher campos em aplicações internas e plataformas SaaS.
O risco crítico é que informações confidenciais, dados financeiros ou propriedade intelectual, não só da empresa como de clientes, sejam enviados para processamento em modelos de linguagem de grande escala (LLMs), saindo do perímetro de segurança da empresa sem qualquer rasto ou controlo.
O cenário torna-se mais complexo à medida que os próprios navegadores integram estas funcionalidades nativamente, transformando o browser num sistema operativo de trabalho isolado onde os controlos tradicionais das equipas de TI têm dificuldade em atuar.
Para os diretores de segurança de informação, a distinção entre uma ferramenta de produtividade legítima e um vetor de fuga de dados tornou-se difusa, o que justifica a postura defensiva recomendada pelos especialistas de "bloquear imediatamente" e avaliar posteriormente. A mensagem final dos analistas é de que a prudência deve prevalecer sobre a inovação imediata.
Embora a promessa de automatização de tarefas rotineiras seja apelativa para a produtividade, a recomendação atual é suspender a utilização destas funcionalidades até que os fornecedores de software apresentem garantias de governação de dados transparentes e robustas. A prioridade imediata passa por fechar a porta a potenciais vulnerabilidades antes que a exposição inadvertida de dados sensíveis se torne um problema sistémico.
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