Durante a sessão "Uma Europa mais coesa" do Web Summit 2020, que decorre em formato 'online', de hoje até sexta-feira, Elisa Ferreira estimou que "o papel do digital", uma das prioridades da futura presidência portuguesa da União Europeia (UE), é absolutamente essencial" no futuro do continente europeu.

"Na Europa, a digitalização e a conectividade podem redefinir a dependência da geografia. Dão-nos a oportunidade de tornar a geografia menos relevante na determinação do sucesso das regiões e das pessoas de acordo com a região onde nasceram", notou, embora sublinhando que as políticas da coesão ajudarão a "suprir as chamadas 'falhas do mercado'".

Segundo a comissária portuguesa, o setor privado é mais suscetível "a investir onde há aglomerações económicas", cabendo às instituições europeias assegurar que "todo o território da Europa esteja coberto e que ninguém seja deixado para trás por ter nascido, por acidente, numa região não central".

"É por isso que se tornou tão determinante ter acesso à conectividade do futuro. A COVID-19 tornou essa realidade ainda mais evidente do que nunca, apesar de já estar na agenda europeia antes da crise", referiu a comissária que tutela a pasta da Coesão.

O Web Summit 2020 já abriu as portas virtuais. Para além das conferências há hipótese de "mingle"
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Num painel partilhado com o 'chairman' da Vodafone, Jean-François van Boxmeer, também ele defensor da premissa de que a importância da conectividade foi evidenciada pela pandemia do novo coronavírus, Elisa Ferreira defendeu ainda que "a Europa está preparada para ser líder mundial", num mundo globalizado.

"Não devemos avançar usando os mesmos padrões, métodos e tecnologias do passado, porque estaríamos a repetir erros. Há uma lição que ficou ainda mais evidente com esta pandemia: não há progresso se não usarmos da melhor forma a tecnologia, a nossa relação com o planeta", enumerou, apontando o Pacto Ecológico Europeu como "uma política essencial do crescimento" da UE.

O Pacto Ecológico Europeu estará integrado em todas "as políticas setoriais" e "modelos económicos e sociais" do bloco comunitário. "Desde o transporte ao comércio, dos consumidores à concorrência, da indústria à agricultura, dos edifícios à energia, a Europa estará na linha da frente de uma enorme mudança climática", completou.

"Os desafios diante de nós são cruciais, porque ninguém pode ser deixado para trás. Sejamos claros: haverá custos de adaptação, sobretudo nas regiões e setores mais dependentes do carbono. Por isso é que estamos a criar os meios para atingir" a neutralidade carbónica até 2050, recordou, nomeando o Fundo para a Transição Justa como o garante para "reduzir o impacto social nessas regiões".

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