O presidente da Google admite que a empresa possa ser um monopólio, mas nega que esta recorra a práticas lesivas da concorrência, como aquelas pelas quais está a ser investigada e que levaram Eric Schmidt a depor no Congresso.

Esta é a primeira vez que o presidente da gigante das pesquisas presta declarações perante o comité encarregue de investigar as práticas anticoncorrenciais. A empresa está a ser investigada por alegada manipulação dos resultados das pesquisas no seu motor de busca, para prejudicar os concorrentes.

"Nós criamos pesquisas para servir os utilizadores, não os sites, e não façamos nós o que fizermos haverá sempre sites insatisfeitos com a posição em que surgem nos resultados das pesquisas", afirmou o representante máximo da empresa, perante o Senado.

Eric Schmidt garantiu que a empresa não manipula a posição (ranking) em que os sites são apresentados nas pesquisas com o objetivo de atrair os internautas para os serviços online da empresa, como vem sendo acusada pelas concorrentes.

Embora tenha admitido que a companhia possa ser encarada como um monopólio, realça que o objetivo que a Google prossegue é o de oferecer novos serviços aos clientes, não o de prejudicar a concorrência.

Nextag, Yelp e Expedia são algumas das queixosas, também foram chamadas a prestar declarações perante o Senado. "Acreditamos que a Google adotou práticas anticoncorrencias de pelo menos duas maneiras: através da utilização indevida de reviews da Yelp no seu produtos Places e ao favorecer esse mesmo produto na apresentação dos resultados das pesquisas", sustentou o CEO da Yelp, Jeremy Stoppelman, durante a audiência.

Recorde-se que, para além das investigações nos EUA, a empresa enfrenta também um processo por práticas anticoncorrenciais junto das entidades europeias, intentado por uma empresa francesa que acusa a Google de eliminar a sua página do índice de pesquisas do motor de busca.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico