Segundo um estudo da Copenhagen Economics, encomendado pela Google, os cabos submarinos EllaLink e Equiano, este segundo financiado pela Google, podem render até 500 milhões de euros por ano no PIB português. A gigante tecnológica afirma que os cabos terão um impacto nas melhorias da infraestrutura digital, quando estes estiverem operacionais, daqui a cerca de um ano.
O investimento nas infraestruturas como data centers, cabos submarinos e fibras terrestres vão permitir um melhor alcance, velocidade e estabilidade da internet, permitindo continuidade dos serviços digitais. No caso dos dois cabos, a Google afirma que Portugal tem uma oportunidade única de desenvolver a sua indústria de tecnologias de informação e comunicação. Esperam-se novos negócios, investimentos e melhorias tanto no comércio como produtividade, gerando novas oportunidades económicas.
Ao melhorar a qualidade de internet, no que diz respeito à largura de banda e redução de latência, vai aumentar a procura pela utilização de dados na internet, diz a tecnológica. E o e-commerce e os produtos digitais, que dependem ainda mais do comércio digital, inventiva a procura dos serviços digitais, que estão a aumentar em muitas indústrias.
O estudo diz ainda que as empresas que já têm negócios com os países africanos vão poder reforçar as exportações, gerando um aumento de trocas comerciais entre Portugal e África, em igualdade de condições. Os cabos podem aumentar as exportações em países com maiores ou menores rendimentos, sendo uma oportunidade importante para as PMEs, pela redução das barreiras à entrada e expansão nos mercados conectados.
A Google diz que o seu cabo Equiano terá um impacto positivo no investimento estrangeiro em Portugal, por ser uma porta digital para África. A conectividade adicional vai trazer benefícios relacionados ao bem-estar do consumidor, já que vão ter acesso a novos canais de distribuição de produtos existentes, como o e-commerce, streaming de música e vídeo, software, entre outros produtos de baixo custo, como cloud, redes sociais, motores de busca, etc.
A área da saúde terá novas soluções digitais e formas de trabalho, potenciando melhores resultados para os pacientes e possíveis reduções de custos. Também os serviços educacionais prestados aos alunos podem tornar-se digitais, resultando numa melhor qualidade e acesso à educação.
“Podemos pensar no cabo submarino Equiano como uma nova autoestrada intercontinental de última geração com 12 vias beneficiando os utilizadores da Google e os clientes Google Cloud, mas também pronta para ser usada por vários parceiros operacionais de telecomunicações para apoiar todos os tipos de utilizadores finais online”, diz Bruno Basalisco, diretor na Copenhagen Economics. Acrescenta que devido à pandemia de COVID-19, existe uma necessidade de que as infraestruturas de conectividade sejam adaptáveis e resilientes às mudanças nas necessidades sociais.
O cabo Equiano, que começa a operar em 2022, ligando Portugal e África do Sul, terá várias ligações ao longo do caminho. Prevêem-se novas ramificações no futuro ao longo dessa rota.
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