A Google pode vir a abandonar o mercado chinês. A gigante da Internet queixa-se dos recentes ataques, com origem na China, a contas de utilizadores do Gmail defensores dos direitos humanos e anunciou que pôs fim à censura nas pesquisas realizadas pelos cidadãos chineses no motor de busca, como lhe era exigido para operar naquele país.

"Detectámos um ataque muito sofisticado e dirigido contra a nossa infra-estrutura, oriundo da China e que resulta num roubo de propriedade intelectual", refere David Drummond, administrador jurídico da Google, a partir do blog oficial da empresa.

O Google apurou igualmente que os ataques, identificados em meados de Dezembro, afectaram pelo menos 20 outras grandes organizações de várias áreas, sobretudo Internet, finanças, tecnologia, comunicação social e química.

"Decidimos que já não estamos disponíveis para continuar a censurar resultados no Google.cn e por isso nas próximas semanas iremos discutir com o governo chinês a base na qual poderemos operar um motor de busca sem filtros dentro da lei, isto se o fizermos. Reconhecemos que isto pode bem significar ter de fechar o Google.cn e eventualmente os nossos escritórios na China", salienta o responsável.

A "incrivelmente difícil" decisão de rever as operações na China, que foi comunicada previamente ao Governo norte-americano, já levou a secretária de Estado Hillary Clinton a dizer que as alegações "levantam sérias preocupações e questões" e a avançar que os Estados Unidos estão a tentar obter explicações junto de Pequim.

Estes ataques, "combinados com outras tentativas, no último ano, para limitar a liberdade de expressão na Internet, fizeram-nos concluir que deveríamos rever as nossas operações na China", sublinha a Google no seu blog.

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