O Grokster, empresa de serviços online de partilha de ficheiros de músicas e filmes, irá suspender a distribuição do seu software e remover o suporte para a sua rede peer-to-peer na sequência de uma acção em tribunal encetada pela indústria de entretenimento e pelos estúdios de Hollywood.

O Supremo Tribunal deliberou unanimemente há quatro meses atrás que o Grokster iria ser condenado por não respeitar os direitos de autor já que os utilizadores faziam cópias através do software que a empresa disponibilizava. A decisão do tribunal foi recebida com satisfação pelas empresas de entretenimento, nomeadamente as de música, que responsabilizavam a pirataria digital pela quebra das suas vendas.

Depois de deliberar a decisão, o tribunal enviou de novo o caso para o tribunal de Primeira Instância , mas o julgamento - submetido a um juiz federal em Los Angeles - visava evitar mais uma acção legal contra o Grokster que nos últimos quatros anos acompanhava o seu processo em tribunal.

Para além de suspender o serviço, Grokster concordou ainda pagar até cerca de 43 milhões de euros em prejuízos, embora as empresas de música reconheçam as dificuldades financeiras que a empresa enfrenta.

O acordo impede ainda o Grokster de indirecta ou directamente violar o material de cópias, visando respeitar os direitos de autor das empresas.

Para além deste caso em tribunal, Grokster espera ser absolvido do caso de um novo serviço de partilha de ficheiros de música designado Mashboxx conduzido por Wayne Rosso, anterior presidente da empresa.

O Grokster não é a única empresa acusada de pirataria na Internet, a Streamcast Networks, empresa de partilha de ficheiros conhecida por Morpheus, revelou à imprensa internacional que irá manter o seu caso relacionado com as gravações de ficheiros de filmes em tribunal, a fim de ser absolvido.

Para combater a pirataria online, a indústria discográfica e de vídeo licenciou os serviços de download, nomeadamente o iTunes e os serviços de subscrição oferecidos pelo Napster, Real Networks e Yahoo. A Walt Disney disponibilizou as suas redes da ABC para download através de um novo serviço de vídeo do iTunes. A NBC Universal da General Electric também tomou medidas neste sentido, permitindo aos seus utilizadores visualizar emissões de noticiários.

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