Os Hospitais portugueses estão bem equipados em termos de ligação à Internet e mantêm níveis de utilização de correio electrónico e websites a um nível equivalente aos das empresas, indicam os dados do Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação nos Hospitais, hoje revelados. Segundo esta análise relativa ao ano de 2004, 95 por cento dos hospitais possuía acesso à Internet, com 40 por cento a indicar usar ligações de banda larga, enquanto a presença na web era assegurada também por 40 por cento dos inquiridos.



O Inquérito, realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e a UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, mostra porém que a utilização da Internet nos hospitais se cinge praticamente à pesquisa de informação para uso interno e troca de ficheiros com outras unidades hospitalares. Só 27 por cento dos inquiridos admitiu já ter usado a Telemedicina, nomeadamente na área de telediagnóstico e teleconsulta.



Dos hospitais que revela possuir acesso à Internet, a maioria está ligado através da Rede de Informação de Saúde (RIS), disponível para os hospitais do Serviço Nacional de Saúde, seguindo-se as ligações através de tecnologia DSL, com 30 das entidades. O inquérito mostra que 40 por cento dos Hospitais tem ligações de velocidade superior a 512 Kbps, sendo que os hospitais da Região Autónoma da Madeira e do Norte do país têm maior percentagem de ligações de banda larga.



Em termos de utilização, o acesso ao correio electrónico é facultado por 87 por cento dos hospitais, enquanto que 21 por cento dos inquiridos declara usar a videoconferência. Só 40 por cento dos Hospitais possuem um site na Internet, onde normalmente é disponibilizada informação institucional, sobre os serviços prestados e endereço electrónico para recepção de mensagens, pedidos de informação, sugestões e reclamações. Note-se ainda que entre os 60 por cento das entidades que ainda não possui website, 66 por cento adiantou que o mesmo está em construção.



Os resultados do inquérito dizem ainda que dois terços dos hospitais têm as actividades médicas informatizadas e que cerca de metade já informatizou a área de cirurgia e atendimento de urgência. Os Hospitais do serviço nacional de saúde são os que estão mais avançados nesta informatização de serviços, enquanto nos Hospitais particulares o nível de informatização é maior nas consultas, com 51%, representando as restantes actividades uma informatização na ordem dos 30 por cento.

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