A Corporação da Internet para a Atribuição de Nomes e Números (ICANN) é a entidade máxima responsável pela atribuição de domínios de topo e votou contra uma proposta da Google que passava pela utilização de endereços contextuais, mas sem domínios de Internet.

O que a Google pretendia, e esteve a trabalhar, era uma tecnologia onde o utilizador digitasse email na barra de endereços e fosse levado para o serviço de email que usa - e que está definido previamente. O mesmo aconteceria para o motor de busca, para aplicações e para outros serviços utilizados pelos internautas.

Apesar de a proposta ter sido da Google era possível definir outros serviços como página de "aterragem", como o motor Bing para as pesquisas na Internet por exemplo.

O ICANN rejeitou os endereços sem domínio, ou domínios sem ponto como chama a imprensa internacional, por considerar que este tipo de links constituem perigo para os utilizadores e podem resultar em instabilidade na utilização da Internet. Como muitas aplicações usam a mesma forma abreviada de conceito, esta situação podia causar confusão nos utilizadores, escreve o ICANN.

Numa outra justificação, a entidade lembra que no sistema operativo Windows um endereço sem pontos pode ser considerado como uma localização de intranet - uma rede própria. A decisão foi apoiada em pareceres encomendados pela organização sem fins lucrativos.

Cai assim por terra uma proposta que pretendia tornar as pesquisas mais rápidas e mais personalizadas.

O ICANN está ainda a discutir a hipótese de implementar vários domínios de topo que usam os mesmos termos genéricos - .search, .blog, .cloud, mas que têm a diferença de ter sempre um ponto gráfico associado e a necessidade de um termo anterior.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico