Indústria fonográfica aponta armas contra 459 “piratas” europeus

7 out 2004 14:18

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A Federação Internacional da Indústria Fonográfica vai avançar com 459 processos contra piratas europeus, alegadamente responsáveis pela troca de elevados volumes de ficheiros de música de forma gratuita e ilegal.

Numa iniciativa pouco habitual foram anunciados na Europa 459 processos contra utilizadores de redes peer-to-peer, responsáveis pela troca de forma gratuita e ilegal de grandes volumes de ficheiros de música. Os processos são da autoria da Federação Internacional da Indústria Fonográfica e visam utilizadores ingleses, franceses, austríacos, dinamarqueses e italianos.

A Associação explica que a decisão acontece depois de um ano de campanhas de sensibilização, durante o qual foram feitos todos os esforços no sentido de sensibilizar os utilizadores para a ilegalidade da troca de música via Internet, sem respeito pelos direitos de autor.

À semelhança do que acontece nos Estados Unidos, onde os representantes da indústria discográfica optaram pelas medidas judiciais há já algum tempo, as principais redes visadas são o Kazaa, eDonkey e Gnutella, três das mais populares redes peer-to-peer há muito na mira das autoridades a quem falta base legal para controlar os seus movimentos.

Também do lado dos autores do processo as principais prejudicadas com a violação de direitos de autor neste mercado de música paralelo são a EMI, Warner Music e Universal Music.

Os responsáveis da associação admitem prosseguir com novas acções, mas sublinham que apenas lhes interessam os uploaders, utilizadores que dão acesso a grandes volumes de música para troca nas redes, garantiu Jay Berman presidente da IFPI em declarações citadas pela Reuters.

A estratégia seguida pela associação europeia segue de perto os passos da RIAA que se focaliza no mesmo tipo de utilizadores, utilizando um conjunto de ferramentas que passam pela colaboração dos ISPs e pelo uso de software especificamente desenvolvido para capturar os piratas.

Desde que as associações discográficas, sobretudo a RIAA, iniciaram a sua cruzada contra a pirataria foram já processados 5.700 utilizadores individuais, só nos Estados Unidos. Na Europa o número é menos sonante e fica-se pelos 650 processos, desde Março deste ano.