As infeções por malware desceram drasticamente na primeira metade deste ano nos Estados Unidos, de acordo com um relatório divulgado pela Enigma Software, empresa especializada no desenvolvimento de soluções de cibersegurança.

O estudo em causa avança um decréscimo de 47,3%, em média, nas infeções de malware durante os primeiros seis meses de 2016 naquele território, isto em comparação com igual período do ano passado e após a análise de 30 mil computadores durante os últimos 18 meses.

A empresa responsável pelo estudo alerta, contudo, que “os perigos do malware continuam a ser ameaças reais, efetivamente”, e que “os índices continuam muito elevados, apesar das notórias diminuições no número médio de infeções por mês”.

Estes são dados que podem significar uma viragem nas tendências relacionadas com as infeções por malware em todo o mundo, até porque o mesmo estudo refere que o passado mês de junho foi o que registou índices mais baixos nos Estados Unidos desde abril de 2013.

E isto quando notamos que o malware que afeta as transações bancárias continua a aumentar, e que as ameaças detetadas em equipamentos móveis também continuam a sua “escalada” recente.   

As possíveis razões para o decréscimo avançadas por esta empresa de soluções de segurança são a atual adaptação do sector às novas ameaças que vao surgindo, bem como o lançamento constante de patches destinados a combater trojans e vírus.

“Acreditamos que um vasto número de fatores estão a causar esta diminuição, principalmente o facto de os utilizadores estarem a abandonar o computador para passarem a realizar várias tarefas com o smartphone ou tablet”, refere um dos responsáveis da Enigma Software. “E também o facto de as pessoas estarem agora mais conscientes do que não devem fazer perante situações de risco online”.

Por outro lado, apesar de os números das infeções em geral estarem a descer, as ameaças de ramsonware identificadas cresceram 7,92% em 2015 nos Estados Unidos, segundo o mesmo relatório. “Este dado pode querer dizer que os criadores de malware estão a virar as suas atenções para áreas menos comuns mais mais rentáveis”.