Internautas ou não, quase 80 por cento das pessoas consideram o acesso à rede como um direito fundamental, revela um estudo publicado hoje pela BBC.
A análise, encomendada à GlobeScan, teve por base inquéritos realizados a 27 mil pessoas, em 26 países, incluindo Portugal, e mostra um forte apoio à consagração do acesso à rede como um direito fundamental de ambos os lados do "fosso digital" - que divide os países mais e menos evoluídos no acesso às novas tecnologias.
De acordo com os dados apresentados, 4 em cada 5 entrevistados "concorda convictamente" (50 por cento) ou "concorda de alguma forma" (29 por cento) que este deveria ser um direito fundamental (e universal), concordando com a perspectiva já adoptada por países como a Finlândia ou a Estónia, avança o canal de notícias.
[caption][/caption]
Mais de 70 por cento dos entrevistados que ainda não possuem acesso à Internet, acreditam que tal lhes devia ser proporcionado, que se trata de um direito que lhes deveria assistir. Entre aqueles que já têm acesso à net, 87 por cento acreditam que este devia ser um "direito fundamental de todas as pessoas".
Coreia do Sul, México, Brasil e Turquia são dos Estados mais afirmativos nesta questão. Na Turquia, por exemplo, mais de 90 por cento dos inquiridos encaram a Internet como um direito fundamental - a percentagem é superior à verificada em qualquer outro país europeu. Fora do continente, o destaque vai para a Coreia do Sul, onde a percentagem sobe para os 96 por cento.
Em países como a Coreia do Sul e a Nigéria os inquiridos afirmam que a Internet não deveria ser sequer passível de regulação por parte do governo, mas a maioria dos entrevistados em países europeus e na China acreditam que esta intervenção é necessária. No Reino Unido, por exemplo, 55 por cento manifestaram concordar com a necessidade de uma acção por parte das entidades governamentais.
A rede está a tornar-se rapidamente algo de fundamental um pouco por todo o mundo. No Japão, México e Rússia cerca de três quartos afirmam que não poderiam viver sem ela e mais de metade da totalidade dos entrevistados (em todo o mundo) reconhecem o seu impacto positivo. Quase quatro em cada cinco acreditam que esta tecnologia lhes trouxe maior liberdade.
Entre os principais receios associados à sua utilização surge a fraude informática. O acesso a conteúdos violentos e explícitos e preocupações com a perda de privacidade são outras das questões mais frequentemente apontadas.
[caption][/caption]
Na generalidade, a World Wide Web é encarada como um espaço de comunicação e liberdade e os internautas sentem-se seguros para partilhar as suas convicções na rede. Com os EUA entre os países onde este sentimento é mais premente, sendo partilhado por mais de metade dos inquiridos, em contraste com o Japão, onde 65 por cento afirmam não se sentir seguros para dizer o que pensam online. Alemanha e Coreia do Sul foram outros locais onde o mesmo receio foi manifestado por mais de metade dos inquiridos.
Pergunta do Dia
Em destaque
-
Multimédia
SU7 Ultra é o novo carro desportivo da Xiaomi e chega ao mercado em 2025. Preço já foi divulgado -
App do dia
App Abstractly mostra o poder da informação resumida com inteligência artificial -
Site do dia
É esquecido? Faça anotações rápidas em post-its diretamente numa página de internet -
How to TEK
O que é o formato de imagem Webp e como gravar facilmente no computador
Comentários