
Shawn Buckles é um estudante holandês que decidiu vender a sua “alma digital”, isto é, todos os dados relativos aos serviços digitais. Incluindo todo o seu histórico de navegação Web. Durante o leilão onde o “produto” foi negociado, o jovem conseguiu 350 dólares.
A vida digital Shawn Buckles vai poder manter, a “alma” é que já não vai poder esconder. Por sorte – ou não – quem comprou o pacote de dados informáticos relativos ao holandês foi um meio de comunicação especializado em tecnologias. Dizem que vão usar o caso para alertar as pessoas sobre as questões da privacidade e da partilha de dados online.
Mas como refere o Mashable, a ação foi mais do que um leilão para ganhar dinheiro. A ação levantou mais questões do que aquelas que respondeu. Quanto vale a sua vida digital? Enquanto o leitor pensa na resposta, empresas como a Google e o Facebook vão fazendo dinheiro com os detalhes recolhidos dos milhões de utilizadores que detêm.
Se eles podem fazer dinheiro, porque não pode também o internauta fazer, dispensando o “intermediário” tecnológico – tal como Shawn Buckles fez?
O jovem levantou a hipótese de num futuro próximo os utilizadores poderem comercializar os seus próprios dados.
Shawn Buckles vendeu tudo o que tinha para vender: registos de localização, registos médicos, calendário, padrões de treino e preferências enquanto consumidor. Estes são os tipos de dados que alimentam atualmente as grandes empresas de Internet e que no futuro podem dar origem a grandes mercados online onde cada pessoa vende em separado os seus dados.
Numa realidade futura será possível, por exemplo, conseguir um seguro para o carro mais barato partilhando alguns hábitos pessoais com a seguradora. Em vez de deixar dinheiro a uma instituição, talvez deixar os seus dados em testamento venham a ter mais interesse, tal como deixar um corpo para fins académicos.
Os 350 euros conseguidos pelo holandês vão agora ser entregues a uma organização que luta pelos direitos digitais, a Bits of Freedom.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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