Este fim-de-semana a Rockstar Games foi vítima de um ataque informático, originando no roubo de informações e vídeos do esperado jogo Grand Theft Auto VI. Os cerca de 90 vídeos foram publicados no domingo por um utilizador que dá pelo nome de teapotuberhacker. O ataque foi confirmado pela Rockstar, referindo que foram roubados dados confidenciais incluindo os vídeos de gameplay de fases iniciais de produção.
O estúdio já fez descansar os fãs que o ataque não terá consequências no desenvolvimento do jogo e não pretende adiar os seus planos de produção. Ainda assim demonstrou-se desapontada pelo jogo ser partilhado desta forma, prometendo uma atualização em breve com a apresentação que o jogo merece.
Esta fuga de informação já é considerada uma das maiores da indústria de gaming. Os relatos iniciais dão conta que o hacker conseguiu aceder ao jogo depois de ter entrado na conta de Slack de um dos funcionários da Rockstar.
Mas as mais recentes declarações da Uber apontam que o ataque terá sido feito pelo Lapsus$ Group. Numa nota de imprensa, a Uber dá conta que um colaborador externo foi vítima de um ataque, depois de ter comprado as suas credenciais corporativas na dark web.
A Uber acredita que o ataque foi feito por hackers ligados ao Lapsus$, que no último ano utilizou técnicas semelhantes para invadir empresas como a Microsoft, a Cisco, Samsung, NVidia e a Okta, entre outras, apontando ainda que a Rockstar Games também foi vítima do grupo. Em Portugal, o grupo também terá atacado a Vodafone e o Grupo Impresa.
A empresa diz que está a colaborar com o FBI e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos para investigar os ataques informáticos.
Os ataques à Rockstar originaram ainda o roubo do código-fonte de GTA 5, que já terá sido colocado à venda em forma de leilão. O alegado autor teapotuberhacker que reivindicou o roubo dos vídeos de GTA 6 utiliza no seu nome a referência do hacking à Uber, o que indicia os mesmos autores dos ataques informáticos às duas empresas.
A casa-mãe da Rockstar Games, a Take-Two já começou a ativar os mecanismos de DMCA para obrigar os criadores de conteúdos e os meios que partilharam os vídeos para os remover da internet.
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