Três quartos dos especialistas de segurança consideram a legislação contra o ciber-crime inadequada e 64 por cento defendem que sejam tomadas medidas mais rígidas nesta área, revela um estudo da Websense que também sublinha a descrença dos especialistas na eficácia da legislação (de acordo com 60 por cento das respostas obtidas no estudo).



Para os inquiridos dificultam o cumprimento da legislação factores como a escassez de recursos para aplicação da lei (46 por cento), falta de cooperação entre países (38 por cento) ou a falta de especificidade da legislação em vigor (28 por cento).



Metade dos inquiridos apontam o dedo ao interior das próprias organizações quando elegem uma ameaça principal em termos de segurança (45 por cento), embora apenas 10 por cento atribuam aos colaboradores a responsabilidade por esse estado de vulnerabilidade. Na opinião de 74 por cento dos inquiridos a principal responsabilidade pela fragilidade das empresas em termos de segurança é das estruturas de direcção, enquanto 21 por cento apontam o dedo aos departamentos de TI.



Ainda no que se refere às principais ameaças de segurança, 44 por cento dos inquiridos consideram que estas são externas e internas em igual medida, enquanto 11 por cento vêm no ciber-crime organizado e nos ataques de hackers os principais focos de ameaça.



Os inquiridos queixam-se ainda das empresas adoptarem uma postura reactiva nesta matéria (respondem 59 por cento dos inquiridos). Apenas 8 por cento reconhecem os esforços das organizações na definição de medidas de segurança pró-activas.



O estudo da Websense foi dirigido a 112 participantes de 20 países escolhidos de entre a audiência de um seminário sobre e-Crime realizado em Londres.



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