Mais de metade (51,9%) das empresas portuguesas a operar no sector das Tecnologias de Informação e Electrónica (TIE) contam com uma estratégia de internacionalização, bem como orçamentos e recursos alocados ao negócio no estrangeiro, conclui um estudo divulgado hoje pela ANETIE.

Apesar dos esforços para expansão além-fronteiras, mais de 70% das empresas admite que mais de 80% do seu volume de negócios consolidado ainda provem do mercado nacional.

De acordo com a análise levada a cabo em colaboração pela Associação Nacional de Empresas de Tecnologias de Informação e Eletrónica e a Inova-Ria, será de apenas 17,7% a percentagem de organizações onde a grande maioria do volume de negócios consolidado não é devida ao mercado português.

O sofware e serviços da indústria de software são apontados como os que mais motivam a internacionalização junto das empresas, com 49,9% das organizações interessadas em exportar este tipo de soluções.

Em segundo lugar na lista surgem os serviços associados às indústrias de Tecnologias de Informação e Eletrónica, com 29,1% das empresas a apostar na internacionalização deste tipo de ofertas, e a terceira posição do ranking pertence às atividades de consultoria, apontadas como foco por 16,5% das empresas.

O mercado angolano foi o que mais contribui para os volumes de negócio consolidados no estrangeiro, apontado por 40,5% das inquiridas. Segue-se-lhe o Brasil, que é determinante para 30,4% das empresas.

Angola foi ainda referido por 24,1% das empresas como o principal destino geográfico para internacionalização de produtos e serviços, enquanto 16,5% dos inquiridos afirmou dirigir os seus esforços para o Brasil.

Os mesmos dois países foram apontados pelos decisores de topo das empresas como aqueles que apresentam maior potenciar para acolher futuras internacionalizações de tecnologias portuguesas - 44,3% referiram Angola e 38% o Brasil. Espanha e Moçambique são os que se lhes seguem na lista dos locais com potencial, reunindo o consenso de 17,7% e 13,9% dos decisores, respetivamente.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Joana M. Fernandes