Depois de ter investido mais de 5 mil milhões de dólares em tecnologias de segurança antiterrorista, a Meta anunciou o lançamento de uma ferramenta que outras empresas poderão utilizar, gratuitamente, para combater a exploração infantil, a propaganda terrorista e outro tipo de conteúdo abusivo.

A ferramenta em questão chama-se Hasher-Matcher-Actioner (HMA) e foi criada com base no software de correspondência de imagens e vídeos que foi igualmente disponibilizado há três anos. Esta tecnologia permite aos websites manterem-se livres de conteúdos do género com a ajuda dos utilizadores, que são solicitados a categorizar imagens e vídeos que violem as regras de conduta do site e a própria lei.

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Ao identificarem estes conteúdos, a ferramenta cria uma espécie de impressão digital única que é, em seguida, armazenada numa base de dados. As empresas podem recorrer a esta tecnologia para criar a sua própria base de dados, mas podem também aceder a bases de dados existentes para garantir que nenhum conteúdo previamente identificado é disseminado no seu portal.

A partilha desta ferramenta acontece a pouco menos de um mês de a Meta assumir a direção do Global Internet Forum to Counter Terrorism (GIFCT). O grupo, formado pela própria, em conjunto com o Twitter, o YouTube e a Microsoft, em 2017, visa combater o extremismo e a disseminação de mensagens de ódio na internet.

O GICT tem uma base de dados que pode ser utilizada em conjunto com a HMA e a Meta sublinha que quanto mais empresas contribuírem para o processo de identificação de conteúdos abusivos, mais eficiente se tornará esta solução - especialmente se tivermos em conta que a propagação da mensagem acontece muito com a partilha do mesmo conteúdo em várias plataformas. "Muitas empresas não têm os recursos nem as competências técnicas necessárias para encontrar e moderar conteúdo violento em grande escala e é por isso que a HMA pode ser uma ferramenta muito valiosa", escreve a Meta.

Os interessados podem explorar e obter a ferramenta através deste link.

A solução da Google é semelhante e pode ser de grande ajuda para as empresas que forem requeridas, à luz do comunitário Digital Services Act, formas de detetar e moderar conteúdo extremista nos seus sites.